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Cuidados especiais com as doadoras e receptoras garantem melhores resultados na fiv

Entre todas as técnicas de reprodução bovina assistida, a Fecundação in vitro é, sem dúvida, a biotecnologia que apresenta os melhores resultados. A multiplicação do rebanho é muito mais rápida, sendo possível acelerar o aprimoramento genético do plantel. Além de não prejudicar as doadoras, através da OPU/FIV o potencial reprodutivo das fêmeas com alguns tipos de patologias adquiridas também pode ser recuperado.

Mesmo com tantas vantagens, o criador deve estar atento a cada etapa da técnica para tirar o máximo proveito, a custos reduzidos. Um cuidado que não está apenas relacionado à escolha da empresa que produz os embriões, mas também a outros detalhes, como manejos específicos com doadoras e receptoras.

O primeiro passo é determinar a forma de trabalho. Caso o criador opte por realizar a coleta dos oócitos em sua propriedade, é necessário escolher a melhor data na agenda das equipes de aspiração. A fazenda precisa dispor de infra-estrutura adequada, de uma equipe especializada que busque os embriões e os transfira no prazo máximo de oito horas. A receptora deve estar com o cio perfeitamente sincronizado com o tempo de vida do embrião, aumentando assim as taxas de prenhez.

Nessa opção, é o criador quem assume todos os custos com o deslocamento da equipe de coleta, diária dos veterinários, medicamentos e aquisição de receptoras. Precisará, ainda, contratar profissionais capacitados para garantir as melhores condições sanitárias e reprodutivas das doadoras, assim como acompanhar o cio e transferir os embriões nessas receptoras.

Outra alternativa é contar com o serviço das empresas que se dedicam especificamente a realizar duas importantes etapas da produção dos embriões e gestações. Nas centrais de doadoras os animais ficam alojados e recebem todo cuidado para atingir os melhores resultados na coleta dos oócitos. Já nas centrais de receptoras estão disponíveis profissionais, estrutura e serviços como sincronização, TE e sexagem fetal.

As centrais de receptoras

A empresa que produz os embriões não tem nenhum tipo de responsabilidade por baixas taxas de prenhez provocadas por problemas no transporte e transferência dos embriões, ou ainda pela má qualidade das receptoras e manejos incorretos. Considerando que cabe ao criador escolher como vão ser realizadas essas etapas, o ideal é que ele contrate o trabalho especializado das centrais, principalmente no caso de quem está iniciando a aplicação da OPU/FIV ou que não disponha da infra-estrutura apropriada para o processo.

Nas boas centrais de receptoras as condições são ideais, todos os dias há vacas sendo sincronizadas e pessoas capacitadas para acompanhar o cio, transferir o embrião, fazer o diagnóstico da gestação, entre outros serviços integrados. Com apenas uma ou duas prenhezes a mais por semana, os custos da terceirização desses serviços já são pagos.

Um ponto importante a ressaltar é que o criador, ou alguém de sua confiança, também pode acompanhar pessoalmente o trabalho realizado nas centrais de receptoras. Conferir a qualidade das novilhas, dos manejos e do trabalho de uma maneira geral, para evitar surpresas e garantir resultados.

As centrais de doadoras

Enquanto as centrais de receptoras garantem que a etapa final da FIV aconteça com alta eficácia, é nas centrais de doadoras que a primeira fase da produção in vitro dos embriões, a aspiração folicular, é realizada com maior sucesso. É por isso que a Vitrogen, líder mundial em OPU/FIV, mantém em seu grupo as Centrais Vitrogen, com diferenciais que elevam as taxas finais de obtenção de oócitos e embriões.

As centrais da Vitrogen estão distribuídas de forma estratégica em relação aos laboratórios e têm parceria com as multinacionais dos segmentos de nutrição e sanidade. O agendamento das aspirações fica a cargo dos veterinários da central, o animal tem acompanhamento especializado 24h e recebe os mais adequados manejos nutricional, sanitário e reprodutivo.

Em alguns casos a hospedagem da doadora na Central Vitrogen resulta em um custo menor se comparado ao deslocamento da equipe que realiza a OPU na fazenda do cliente. E, ao manter a matriz na central, o criador também terá o acompanhamento reprodutivo dessa fêmea, que pode até estar com a cria ao pé. Nesse caso, o bezerro é mantido em uma rotina específica, que potencializa seu desenvolvimento e o prepara para exposições.

Para a otimização da aspiração, a doadora precisa atingir uma condição corporal específica. Isso requer cuidados que são mais facilmente realizados na central, onde há toda infra-estrutura adequada para prevenir o estresse ou possíveis contaminações, e tratar determinadas patologias.

Enquanto na aspiração realizada na fazenda do cliente há um número mínimo de cinco doadoras para serem coletadas por cada deslocamento da equipe, na central o criador pode hospedar quantos animais quiser, por um período que ele determina. E além desses, ainda há outros fatores que devem ser considerados. Por isso, informar-se corretamente e avaliar cada caso, são as melhores formas de atingir o equilíbrio entre custo e benefícios.

Patrick Villa Nova Pereira
Médico Veterinário – Vitrogen

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