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Mineiros líderes em leite e suínos

Ibiá e Uberlândia ocupam os primeiros lugares no Brasil na pecuária leiteira e na suinocultura, segundo o IBGE. Pará de Minas e Itanhandu se destacam na produção de frangos e de ovos

Municípios do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba se destacaram como os maiores produtores brasileiros de leite e suínos no ano passado. Ibiá, onde existem cerca de duas vacas leiteiras para cada um dos 22,7 mil habitantes, foi o município que mais produziu leite em 2005, cerca de 104,4 milhões de litros, conforme a pesquisa Pecuária Municipal 2005, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Uberlândia, no Triângulo, os 522,5 mil suínos em criatórios, a maioria para atender os frigoríficos da Sadia, garantiram à cidade o primeiro lugar.

A pesquisa do IBGE é feita anualmente para medir o tamanho dos rebanhos bovinos (corte e leite), de suínos e a quantidade de aves e ovos produzidas no Brasil. No ano passado, a produção nacional de leite atingiu 24,6 bilhões de litros, o que representou um crescimento de 4,7% em relação a 2004. Cinco dos 10 grandes municípios produtores de leite estão em Minas (Ibiá, Patos de Minas, Pompéu, Patrocínio e Uberaba) responsável por 28,1% da produção nacional em 2005. Entre os bovinos de corte, apesar de o estado ter o terceiro maior rebanho do país, nenhuma cidade mineira aparece no ranking dos maiores criadores do país. Corumbá (MS), São Félix do Xingu (PA) e Ribas do Rio Pardo (MS) lideram a produção.

Uberlândia foi o município com maior número de suínos, cerca de 1 animal por habitante, o que garantiu a Minas a quarta colocação nacional na produção, atrás de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Ao todo o rebanho de suínos mineiros em 2005 chegou a 3,79 milhões.

Um resultado importante da pesquisa, segundo os próprios técnicos do IBGE, é a clara migração das granjas de aves para a região Sudeste, enquanto as pastagens ganham espaço no Centro-Oeste e abrem novas fronteiras no Norte do país. A migração dos avicultores para áreas próximas aos centros de consumo em massa levou, por exemplo, a cidade de Pará de Minas, a 90 quilômetros de Belo Horizonte, a perder a liderança este ano no ranking de maior município criador de frangos do país para Brasília.

“Grandes investimentos foram feitos na criação e abate de frangos em Brasília, o que distanciou a produção da região de outras tradicionais cidades do setor”, explica o agrônomo Octávio Costa de Oliveira, gerente de Pecuária do IBGE. A Sadia, depois de comprar a Só Frango, ampliou sua capacidade de produção na cidade. A capital do país também já aparece na quarta posição em produção de ovos, cerca de 51,6 milhões no ano passado, aproximando-se de Itanhandu, no Sul de Minas, que atingiu a produção de 79,6 milhões em 2005.

Para o avicultor Alexandre Torres, dono da Granja Sétimo Céu, em Itanhandu, a produção nacional de ovos cresceu, mas no comércio a reação foi contrária. “O preço do ovo não está bom para os produtores atualmente. O consumo não acompanhou o ritmo do mercado”, afirma. Segundo Cláudio Scarpa, dono do Aviário Santa Marta e presidente do Núcleo dos Avicultores das Terras Altas da Mantiqueira (Natam), a falta de milho para ração no mercado também é um problema. “Tem muita gente diminuindo a produção no Brasil ou, simplesmente, saindo do ramo, por causa dessas dificuldades de custo”, comenta.

Os maiores

LEITE

1º Ibiá – Alto Paranaíba (MG)

2º Marechal Cândido Rondon (PR)

3º Patos de Minas – Alto Paranaíba (MG)

SUÍNOS

1º Uberlândia – Triângulo (MG)

2º Rio Verde (GO)

3º Seara (SC)

FRANGOS

1º Brasília (DF)

2º Rio Verde (GO)

3º Concórdia (SC)

4º Pará de Minas – região Central (MG)

OVOS

1º Bastos (SP)

2º Santa Maria de Jetibá (ES)

3º Itanhandu – região Sul (MG)

BOVINOS

1º Corumbá (MS)

2º São Félix do Xingu (PA)

3º Ribas do Rio Pardo (MS)

Fonte: IBGE

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