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Vacinação correta contra a febre aftosa

A segunda etapa da campanha nacional de vacinação comandada pelo Departamento de Saúde Animal (DAS), subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento (MAPA), teve início em julho, no Amazonas e no Pará, estados seguidos por Roraima e Rondônia, que vacinaram durante outubro, enquanto a maioria dos demais estados tem de imunizar os rebanhos neste mês.

O sucesso da campanha de vacinação que atingiu índice vacinal superior a 97% na primeira etapa em todo o país depende não só da qualidade das vacinas adquiridas, mas fundamentalmente de cuidados com a conservação da vacina, higiene do material utilizado e manejo da vacinação.

Confira dicas de manejo para a campanha nacional de vacinação:
 
O manuseio incorreto e manejo de aplicação inadequada da vacina podem prejudicar o nível de proteção do rebanho e aparecimento de abcessos nos animais vacinados. O pecuarista deve pedir ao veterinário que atende a fazenda para treinar a sua equipe de vacinação e corrigir eventuais falhas que possam ocorrer durante o procedimento de vacinação.

Conservar a vacina entre 2°C e 8°C da loja até o curral; mantê-la em caixa de isopor com gelo durante a aplicação. Usar, se possível, gelo reciclável ou dentro de garrafas plásticas para diminuir o acúmulo de água suja na caixa e o risco de contaminação. Durante a vacinação, deixar a caixa de isopor à sombra. Colocar, se possível, um termômetro de máxima e mínima na geladeira.

Agitar o frasco antes de usar.

Calibrar a seringa para o volume da dose, tomando precauções para evitar bolhas de ar.

Não vacinar animais doentes ou estressados. Evitar, se possível, o estresse do transporte, desmame ou mistura de lotes simultaneamente com a aplicação da vacina. Vacinar os bovinos de preferência nos horários mais frescos do dia. Eles devem ser levados até o curral sem correria. Aplicar a vacina com tranquilidade, sem a preocupação de bater recordes de animais vacinados por hora.

Verificar se todos os bovinos da fazenda estão sendo vacinados; em cada lote, conferir se o número de animais vacinados coincide com o de animais registrados nesse lote.

O local correto da aplicação das vacinas é na tábua do pescoço, evitando as regiões de carnes nobres: linha dorso-lombar e posterior (picanha). Aplicar a vacina com o animal imobilizado, de preferência em tronco de contenção. Não vacinar em regiões do animal com presença de barro ou esterco.

Usar apenas seringas e agulhas limpas e esterilizadas por fervura. Durante a vacinação, trocar de agulha com frequência. Substituir imediatamente as agulhas com a ponta romba, aparência de sujas ou que tenham caído no chão. Após a vacinação, lavar e ferver todo o material usado; uma vez iniciada a fervura, manter o material no recipiente sobre o fogo por 10 a 15 minutos. Se usar desinfetantes, enxaguar bem todo o material com água fervida antes de utilizá-lo.

Não guardar frascos com vacina já usada; uma vez aberto o frasco, utilizar todo o conteúdo. Sobras de vacinas não utilizadas devem ser destruídas. Quando a vacina é retirada do frasco para ser colocada na seringa, normalmente introduzimos contaminantes. Assim, quando se estoca uma vacina já aberta, ela pode ter seu poder de proteção reduzido e provocar abscessos nos animais vacinados.

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