Agronegócio

Profissionais do agro brasileiro

O agronegócio brasileiro é extremamente complexo e diversificado. Dos 850 milhões de hectares (ha) do nosso território, a agricultura ocupa cerca de 80 milhões e as pastagens, 180 milhões. A maior parte do território brasileiro é ocupada por florestas/áreas de conservação. Cerca de 85% da população brasileira é urbana, estando apenas 15% nas áreas rurais. O agro é responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, por 35% da População Economicamente Ativa (PEA)– isso significa cerca de 17 milhões de empregos – e por 36% das exportações – responsável pelo saldo positivo de nossa balança comercial. Ainda envolve atividades antes da porteira (maáquinas e equipamentos agrícolas; insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos; planejamento, financiamento e seguro agrícolas) com 10 % do PIB agrícola; dentro da porteira (administração, assistência técnica e extensão rural, produção de vegetais-alimentos, biomassa, fibras), com 25% do PIB agrícola; e depois da porteira (logística, armazenamento, transporte, processamento de matérias-primas vegetais e animais, agroindústria, comercialização), com 65% do PIB agrícola. São cerca de 5 milhões de propriedades rurais, 60 mil agroindústrias e 300 mil estabelecimentos comerciais. Os profissionais envolvidos nessas atividades são bastante diversificados.

O trabalho no agronegócio é desenvolvido por profissionais com diversos níveis de formação/educação, desde os que contribuem com a mão de obra (peões) até cientistas/técnicos altamente especializados. Dependendo da complexidade das atividades desempenhadas, atuam no segmento técnico agropecuário (execução, manutenção), tecnólogos (fiscalização, orçamento) e profissionais de nível superior pleno – engenheiros, médicos-veterinários, zootecnistas, economistas, advogados, etc. (projetos, coordenação, estudos, consultorias, ensino, pesquisa, extensão).

 Destaques Entre os profissionais, podemos destacar os engenheiros-agrônomos, engenheiros florestais, engenheiros-agrícolas, engenheiros de pesca/aquicultura, meteorologistas, médicos-veterinários, zootecnistas, biólogos, engenheiros ambientais, engenheiros de alimentos, engenheiros de produção, engenheiros químicos, engenheiros agrimensores, químicos, nutricionistas, cientistas de alimentos, engenheiros civis, engenheiros mecânicos, economistas, administradores, advogados, ecólogos, geógrafos, médicos, publicitários, comunicadores, jornalistas, etc. Esses profissionais podem atuar em empresas/instituições públicas e privadas.
Recente reportagem sobre as 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro mostrou que a maioria é constituída de engenheiros-agrônomos, seguida por economistas, outros engenheiros, advogados, médicos-veterinários, zootecnistas, biólogos, administradores, químicos, cientistas sociais e jornalistas. Esses profissionais atuam, principalmente, na produção de animais e vegetais, processamento de produtos agropecuários, entidades/associações, insumos agrícolas (defensivos, sementes, fertilizantes, medicamentos animais), cooperativas, financiamento agrícola, pesquisa agropecuária, governo/política, agroenergia, ensino agrícola, máquinas e implementos agrícolas, consultores e tecnologia da informação. A maioria é constituída por homens, mas a presença de mulheres é cada vez maior.

Pesquisa apresentada recentemente pela ESPM/Abag/Ipeso sobre a percepção da população dos grandes centros urbanos sobre o agronegócio brasileiro, ouvindo 600 moradores das 12 maiores capitais do Brasil, mostrou que os profissionais mais relacionados ao agro são engenheiros-agrônomos (75%), engenheiros ambientais (51%), peões (45%), médicos-veterinários (37%), administradores (27%), nutricionistas (25%) e químicos e economistas (22%).
Importante ressaltar que os profissionais demandados pelo agronegócio brasileiro atual devem apresentar qualidades pessoais satisfatórias (ética, liderança, responsabilidade, espírito de equipe, empreendedorismo), boa comunicação e expressão, conhecimentos sólidos em economia/ gestão e métodos quantitativos computacionais/tecnologia da informação, além da tecnologia de produção.

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