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Produtores e cooperativas exigem rigor na fiscalização de fraudes

Os produtores de leite e suas cooperativas exigem do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) maior rigor na fiscalização das fraudes nos lácteos, pela adição de soro de leite, sacarose, amido, entre outros produtos. Com a mistura, o leite “in natura” é substituído por produtos ou subprodutos mais baratos, aumentando a lucratividade da indústria fraudadora.
“A adição do soro no leite não traz riscos à saúde da população, mas representa um crime econômico, pois oferece um produto com menor valor nutricional sem esclarecer o consumidor a respeito dessa alteração na sua composição”, explicou Rodrigo Sant’Anna Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O tema foi discutido em reunião com 300 representantes de produtores e de suas cooperativas, a Organização das Cooperativas Brasileira (OCB) e a Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), em Brasília.

Há 4 anos, CNA, OCB, CBCL, Leite Brasil, Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de Minas Gerais (Silemg) e a Associação Brasileira das Indústrias de Leite Desidratado (Abild) assinaram um termo de cooperação técnica com o Ministério da Agricultura para a melhoria da qualidade do leite. O trabalho mostrou que, das 1.833 amostras de leite pasteurizado, UHT e em pó coletadas em 213 indústrias, 81 indústrias apresentaram resultado positivo para fraude, o que representa 37% do total. Com 2 anos de vigência da cooperação, o percentual de fraudes identificadas já teria caído para 3%. Para os representantes dos produtores e de suas cooperativas, é fundamental que o Mapa tenha estrutura para continuar fiscalizando com rigor o produto oferecido à população, mas com poderes legais para punir os fraudadores.

A alteração na composição do produto final, “além de prejudicar o consumidor, atinge diretamente o produtor, pois diminui a quantidade de leite ‘in natura’ utilizado na fabricação de alguns produtos lácteos, como UHT, pasteurizado e leite em pó”, afirmou Rodrigo Alvim. Segundo ele, as fraudes acabarão desestimulando os mais de 80% do total de produtores que já investiram na melhoria da qualidade do leite, atendendo aos requisitos do Programa Nacional da Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL), implantado em julho do ano passado, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. (Fonte: Departamento de Comunicação da CNA)

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