Um bom programa de detecção do cio é de fundamental importância para o sucesso da inseminação. As técnicas disponíveis são várias, ficando a critério do produtor a escolha da melhor que se adaptar ao seu plantel.
A principal delas é a observação visual. No entanto, esta técnica, isoladamente, não tem se mostrado eficiente, principalmente no caso de fêmeas zebuínas, devido à alta incidência de cios de baixa intensidade, curta duração e de cios noturnos.
Normalmente as fêmeas em cio "param" ao serem montadas por outros animais. Algumas se apresentam inquietas, caminham muito ou apresentam sinais secundários de cio, que apenas os observadores mais experientes podem detectar. O método convencional citado consiste na observação diária, feita durante uma hora, duas vezes ao dia (manhã e tarde).
Outros métodos para auxiliar a detecção visual do cio foram desenvolvidos, tais como a utilização de rufiões (touros com desvio lateral do pênis, para evitar penetração e/ou a fertilização), ou de fêmeas androgenizadas (tratadas com hormônio masculino) e equipados com buçal marcador.
A técnica mais indicada para quem deseja resultados mais precisos, é a observação visul com o auxílio de rufiões. Os rufiões com buçal auxiliam na identificação das fêmeas que manifestam cio, fora dos períodos de observação visual. O buçal marcador é preso ao pescoço do rufião (macho) ou fêmea (androgenizada), e contém um reservatório com uma mistura de pó-xadrez com óleo queimado, que é liberada durante a monta, marcando as vacas em cio.
Quem é mais eficiente: o rufião ou a fêmea masculinizada?
Ambos têm se mostrado eficientes na detecção do cio. No entanto, a utilização de machos com desvio lateral é uma alternativa mais econômica, devido ao custo da androgenização e ao baixo número de fêmeas que respondem ao tratamento. As fêmeas machorras e de comportamento agressivo, por serem dominantes sobre as demais, apresentam os melhores resultados. As não dominantes respondem ao tratamento com andrógenos, apresentando comportamento sexual do macho. No entanto não identificam com eficiência as fêmas em cio.
Outras técnicas
O ovascan é um aparelho que mede a resistência do muco vaginal da fêmea, indicando quando o animal está no cio. A outra técnica que detecta o cio eletronicamente é o pedômetro, um aparelho de tamanho pequeno que, amarrado na perna do animal, controla os passos que o animal dá por hora. Uma vaca em cio pode aumentar suas passadas em até 300%.
Para as condições onde a pecuária de corte é extensiva, as desvantagens dos métodos citados acima são:
Ovascan: A avaliação para a leitura da resistência tem que ser diária.
Pedômetro: Os animais têm que ser presos para o acompanhamento; risco de perda ou danificação do equipamento e custo elevado.