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Mecanização e a redução de custos nos cafezais

Recordes na produção interna e o crescimento das exportações têm demonstrado o momento importante pelo qual passa o setor cafeeiro no Brasil. Recentemente a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou que neste ano devemos ter a maior safra do país, com 50,45 milhões de sacas beneficiadas, representando um crescimento de 16% em relação ao recorde anterior, do período de 2002/2003.

A receita com as exportações de café também aumentou em 15,7%, considerando o período de julho de 2011 a abril, em comparação com a safra anterior, somando US$ 6,933 bilhões, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).

Além do aumento do consumo global e da qualidade do produto, o crescimento é atribuído ao ano de alta na produção e aos investimentos realizados pelo cafeicultor na lavoura, mesmo com as chuvas atípicas de junho em regiões que cultivam o grão no país e a chegada do inverno, mais um complicador segundo análise dos especialistas. O balanço positivo também impulsiona outros setores, como o desenvolvimento da tecnologia e da indústria de equipamentos para o manejo e produção de café, o que torna as atividades do campo mais ágeis, seguras e eficazes.

Enquanto fornecedores de equipamentos para trabalho em áreas verdes, incluindo propriedades rurais, nos últimos cinco anos, vimos crescer consideravelmente as vendas de máquinas para o setor cafeeiro. São aparadores, atomizadores, derriçadeiras, podadores (para corte de galhos), pequenas motosserras (para fazer o esqueletamento dos pés de café), sopradores (para a limpeza embaixo do pé de café e a varrição dos grãos no terreiro com maior facilidade), entre outros.

Diante da mão de obra cada vez mais escassa para colher todo o café produzido no país, uma vez que os trabalhadores rurais ou estão migrando para as cidades ou optando por trabalhar nas indústrias que se instalam no interior, esses produtos mostraram-se como alternativas para profissionais que buscam produtividade no processo de colheita e manejo nos cafezais, reduzindo em até 50% o custo da colheita. Trata-se de uma solução completa e com as características desejadas pelos cafeicultores: alta tecnologia, fácil manuseio, potência e leveza. Até mesmo pequenos produtores já estão aderindo à mecanização das lavouras, via aluguel ou compra compartilhada das máquinas, uma vez que, além de redução de custo, a mecanização permite uma colheita mais padronizada e sem perdas.

POTÊNCIA Minas Gerais, o maior produtor de café do país, deve colher em torno de 26 milhões de sacas, aumento de mais de 19% em relação ao ano passado, e não existe um contingente de mão de obra para colher todo esse volume de produção. A mecanização tem sido o aporte do produtor para resolver essa questão de colheita.

Em junho, a cidade mineira de Três Pontas, no Sul do estado, sediou a 15ª edição da Expocafé – maior feira do agronegócio nacional voltada para a cafeicultura. Segundo os organizadores, o evento movimentou cerca de R$ 200 milhões em negócios gerados e prospectados. Destinado aos produtores rurais e profissionais da área, além de novidades em máquinas, equipamentos e implementos para a cafeicultura de mais de 100 empresas, foi realizado, durante o evento, o 3º Simpósio da Mecanização da Lavoura Cafeeira. Entre os temas que foram discutidos no simpósio está o manejo mecanizado, a tecnologia de aplicação de defensivos na cafeicultura, mecanização de lavouras e outros.

Foi uma satisfação muito grande poder fazer parte mais uma vez deste que é considerado o maior evento do agronegócio café no país. Não só pela oportunidade de apresentar nossa linha de soluções para o setor enquanto expositor e formalizar boas parcerias, como também poder presenciar debates importantes e que, em tempos de recordes de produção e exportação, foram determinantes para o andamento dos negócios dos produtores e as colheitas dos próximos anos.

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