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Indústria do tabaco comprometida com a preservação do solo

Além da orientação das empresas associadas junto aos produtores, convênios firmados garantem a continuidade do Programa Microbacias, promovido pelo SindiTabaco e destinado a avaliar a qualidade do solo.

O SindiTabaco – Sindicato da Indústria do Tabaco e empresas associadas comemoram o Dia Nacional da Conservação do Solo nesta quinta-feira (15/04), reforçando as ações de preservação ambiental. É por meio do trabalho dos orientadores agrícolas que os produtores integrados recebem informações sobre as melhores práticas neste sentido. Entre elas estão práticas de cultivo mínimo, plantio direto e adubação verde.

Além deste trabalho contínuo de orientação, o Programa Microbacias, realizado desde 2005, reiniciou suas atividades de coleta de amostras de solo junto às microbacias de Arvorezinha, Cristal e Santa Cruz do Sul. Este acompanhamento é realizado por pesquisadores do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria, Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Emater, além de parcerias internacionais com universidades da Inglaterra e dos Estados Unidos.

Para o Prof. Jean Minella, do Departamento de Solos da UFSM, responsável pelo monitoramento dos resultados deste programa, as ações tem como objetivo principal a avaliação do impacto das atividades agrícolas e de ocupação das terras sobre o solo e os recursos hídricos. “No período de estudo, 2002 até o momento, o manejo do solo foi modificado sensivelmente com a introdução gradual de práticas de conservação do solo como o cultivo mínimo, o plantio em nível, o uso de plantas de cobertura, dentre outras práticas”, revela Minella.

Ainda de acordo com ele, por meio do monitoramento contínuo destas variáveis foi possível acompanhar a redução dos problemas ambientais em função do aumento das áreas de tabaco sob práticas de conservação do solo. “No ano de 2002, quando as lavouras ainda estavam sendo cultivadas com técnicas tradicionais (excessivo revolvimento do solo), a produção de sedimentos (quantidade de solo perdido por erosão e que chega dentro do rio) era de 200 toneladas por quilômetro quadrado por ano. Com a introdução gradativa do cultivo mínimo nas áreas de fumo esse valor foi reduzido para 50 toneladas por quilômetro quadrado por ano, em 2008. Isso demonstra claramente o efeito positivo das práticas conservacionistas de solo sobre a redução dos problemas ambientais associados com a erosão e escoamento superficial”, avaliou Minella.

Cabe lembrar que oscilações também ocorrem devido às características climáticas particulares de cada ano. Em 2009, por exemplo, a produção de sedimentos voltou a aumentar, mas devido à grande quantidade de chuva. A experiência obtida no monitoramento de bacias hidrográficas rurais mostra que as práticas de manejo e conservação do solo e água que apresentam grande eficiência na redução dos problemas ambientais (erosão, empobrecimento do solo, susceptibilidade às secas, contaminação da água, assoreamento e enxurradas) são:

·  Cultivo mínimo e plantio direto do solo;
·  Preservação de mata ciliar;
·  Plantio em nível;
·  Presença de cordões vegetados e terraços;
·  Rotação de culturas;
·  Proteção de fontes;
·  Construção de estrebarias, pocilgas com esterqueiras;
·  Uso de fossa e filtro nas casas rurais.

“Os projetos de pesquisa tem demonstrado que é possível o cultivo dentro deste sistema conservacionista, sem prejuízos econômicos ao produtor e ainda com o benefício da melhoria da qualidade do solo e da água das microbacias”, explica o presidente que também é engenheiro agrônomo. Ao utilizar as práticas corretas de manejo, o produtor está evitando a erosão do solo e sedimentos nos rios próximos às lavouras, diminuindo a poluição nos cursos de água.

SAIBA MAIS

Cultivo mínimo – a técnica consiste em revolver o solo o mínimo possível e eliminar a queima de resíduos para usá-los como "adubo", diminuindo os riscos de erosão.

Plantio direto – é a técnica de semeadura na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora) usando semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.

Fonte: Andreoli MS&L – (11) 3169-9354

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