Minas Gerais: estado brasileiro com enormes riquezas, o melhor café do Brasil, a Minas de muitos sabores. É assim que vejo Minas Gerais: um povo batalhador, com crenças fortes e resilientes. Por que então falar de extensão rural em Minas Gerais? Porque o estado é um belo exemplo para outros em extensão rural, ou assistência técnica, como queiram chamar. E isso não é vindo do governo federal, é porque é política de estado, ou seja, a agricultura está nos planos do governo estadual. Sai governo, entra governo, e Minas continua forte em seus planos, visando valorizar a família rural. Assim se constrói um legado. Para termos ideia da importância, vejamos a colaboração que Minas dá ao PIB brasileiro – responsável por mais de 15% do total do PIB agropecuário do país. Isso não é notável!
Pois bem, é por isso que falar em extensão rural nos remete ao estado, milhares de pequenas propriedades, café, cana, soja, milho, hortaliças, pecuária, enfim, uma diversidade gigantesca, o que dá ao estado melhores condições de competitividade, porém mais desafios a serem superados. Mas tudo isso está em duas palavras: extensão rural. Podemos dizer que Minas Gerais é exemplo de extensão rural no Brasil, mesmo com tantas dificuldades que sabemos que existem. A união entre governo, entidades de classe, produtores, órgão de pesquisa e de extensão realmente é de tirar o chapéu. Nesse sentido, vislumbramos bons resultados. Podemos citar vários casos de sucesso. Há o programa Sanitarista Mirim, liderado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que tem objetivo de disponibilizar informações sanitárias agropecuárias para promover mudanças cognitivas nos professores e alunos do ensino fundamental de escolas estaduais e municipais gerando novos comportamentos a longo prazo, principalmente no que se refere à sanidade animal, vegetal, ambiental e segurança alimentar. A escola é o ambiente mais adequado para formar o cidadão com o conceito de saúde, higiene, segurança e desenvolvimento. É ela que possibilita, por meio do conhecimento, e provoca mudanças profundas de conduta da sociedade.
Outro exemplo: o programa de apoio a saúde agropecuária. Esse é um projeto de responsabilidade social do IMA, em parceira com o Laboratório Vallée, que contribui para o emprego e o uso da mão de obra rural, qualidade de vida, valorização e conservação do ambiente agropecuário. Foi implantado em 2002, na Região Norte de Minas e capacitou, até 2010, 1.488 vacinadores autônomos e 240 trabalhadores rurais para o Projeto Alimento Seguro. Os treinamentos são de 16 horas de aula teórica e 4 horas de aula prática. Os treinados realizam o pré e pós-teste para verificar o nível de conhecimento e aprendizagem.
Enfim, teríamos uma enormidade de programas direcionados a família rural, no entanto, focamos aqueles que definitivamente trouxeram dividendos, segurança e melhoria de vida aos pequenos agricultores do estado. Podemos afirmar que a cada 100 cidades brasileiras que mais geram divisas às pessoas, nove estão em Minas. Em geral, para compor esse pacote, estão os setores industrial, agropecuário e de serviços.
Os exemplos de uma extensão rural passam definitivamente pela vontade de execução e pela direção e importância que a sociedade demonstra por um bem. No caso de Minas Gerais é evidente que a agricultura é importante: os números mostram isso. Minas é hoje exemplo para o Brasil de como devemos tratar nosso maior bem, aquele que alimenta e mantém vivo milhares de seres humanos. “Sirvam nossas façanhas de modelo a todo o Brasil”. Parabéns povo de Minas Gerais, a união faz a força e vocês são exemplos disso.
Quando falamos em extensão rural, entendo que estamos falando de educação, de conhecimento e de informação. Belos exemplos de comprometimento da sociedade com o nosso motor da economia. Os produtores e a nossa agricultura agradeceriam o empenho em ajudá-los e, sem dúvida, isso melhoraria sua autoestima, muitas vezes abalada por tantos problemas destinados ao campo, injustamente. Reflitamos sobre nossos julgamentos para ajudar o Brasil agro a continuar crescendo.
