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Cuidados com o recém-nascido

1. Cordão umbilical

Deve-se amarrá-lo e cortá-lo, deixando em torno de dois centímetros e, logo após, aplicar soluções antissépticas como tintura de iodo a 10% ou outras. Esta aplicação deve ser repetida por mais 3 ou 4 dias.

2. Colostro

A maneira mais eficiente e garantida é retirar o colostro da mãe e, em seguida, fornecê-lo ao recém-nascido com o auxílio de uma mamadeira. O bezerro deve receber em torno de 10% do peso vivo/dia dividido, no máximo, em duas vezes. A primeira ingestão de colostro deve ser de preferência logo na primeira hora de vida.

3. Identificação

A identificação dentro de uma exploração leiteira é de grande importância, visto que sem esta, não existe seleção.

Existem várias maneiras de se identificar os animais, tais como: brinco, tatuagem, fetografia e marcação a fogo ou a frio. Tais maneiras não devem ser utilizadas em separado, pois em muitas a marcação desaparece e pode-se perder a identificação do animal, principalmente quando se utilizam somente brincos. A marca a frio é uma das maneiras mais seguras e práticas, pois, quando bem feita, visualizava-se de longe e, dificilmente, desaparece. Ela deve ser realizada em animais acima de 6 a 8 meses de idade; antes disso recomenda-se a tatuagem na orelha, caso queira-se complementada com brinco. A marcação a frio muda os pelos coloridos do animal para branco por destruir a pigmentação. Sendo bem feita, a marca fica bem evidenciada e e de fácil leitura.O equipamento apropriado e o processo em si, são de suma importância para se conseguir a marca desejada.

a) Equipamento necessário:

– Resfriante: nitrogênio líquido;
– Recipiente: uma caixa de isopor ou semelhante;
– Marca de cobre ou bronze com liga de alta qualidade deve ser especialmente desenhada para o processo a frio. Deve ter duas polegadas para animais de O a 6 meses; três polegadas para animais de 7 a 12 meses e quatro para animais acima de 1 ano de idade.
– Tosquiadeira.

b) Preparação:

– Colocar nitrogênio suficiente para cobrir a marca dentro do recipiente;
– Colocar a marca no nitrogênio. Nesta hora sairão bolhas grandes que continuarão até que as temperaturas da marca e do resfriante fiquem iguais.

c) Marcação:

– Conter o animal;
– Cortar os pelos da área a ser marcada o mais curto possível;
– Lavar o local com água e sabão;
– Molhar bem a área a ser marcada com álcool, imediatamente antes da aplicação do ferro (repetir para cada número).
– exercer pressão suficiente para assegurar um contato firme entre a marca e a pele. Manter a pressão durante o tempo desejável de acordo com a idade do animal.

Observações:

– Para animais brancos é necessário que se aumente de 10 a 15 segundos na marcação. Isto destruirá os pelos e causará calvície ou exposição da pele.

– Depois dos 10 segundos iniciais, o animal sentirá um pouco de dor e tentará mover-se. Posteriormente a esta dor inicial, a área ficará adormecida e o animal se acalmará. Durante o período de movimentação é importante que se mantenha uma pressão firme e constante ou a marcação não terá sucesso.
Levará de 6 a 8 semanas para que os pêlos voltem a nascer, deixando uma marca bem legível. – A marcação a frio poderá ser feita também com nitrogênio líquido em vez de gelo seco com álcool. Neste caso, o tempo necessário para a marcação é de 20 segundos para animais adultos.

4. Instalações

Existem diversos tipos de instalações para animais recém-nascidos, que podem ser desde um simples piquete onde aqueles que ficam soltos desde o nascimento ou até bezerreiros sofisticados. A opção dependerá do número de animais, qualidade da mão-de-obra e poder aquisitivo do proprietário. O importante, nestes tipos de instalações, é que o ambiente seja bem ventilado, seco, e que permita certo grau de higiene. Para tanto, a construção de bezerreiros em cima de ripado, alto do solo, seria o ideal. No caso de animais soltos em piquetes, haveria mais conforto para os animais se estes tivessem acesso a sombra.

Obs.: Seja qual for o tipo de instalação, há necessidade de que esta tenha água limpa a vontade, cochos para concentrado e feno.

5. Descorna

Não existe idade mínima para a realização da descorna, sendo que o ideal é que ocorra entre o 7o. e o 30o. dia de idade. Existem três tipos de descorna: a) Descorna química, através do uso de pomadas; b) Descorna a fogo, com ferro quente; e) Descorna cirúrgica: realizada em animais que já apresentam os chifres. Ao corte destes, aparecerá o selo frontal.

6. Corte de teta(s) extra(s)

O corte da teta extra deve ser feito de preferência na mesma época da descorna, ou seja, entre o 7o. e 30o. dia de vida. Consiste em cortar com uma tesoura a teta extra ou vestígio de tetas que porventura a bezerra apresente. Após o corte, passa-se pomada, iodo a 10% ou spray repelente e cicatrizante. Os principais motivos pelos quais se recomenda cortar as tetas extras são por estética e porque quando a vaca entrar em lactação, esta teta extra muitas vezes será um foco de mamite, que poderá se transportar para as tetas laterais.

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