Ao contrário do que esperava o mercado, o milho foi na contramão dos fundamentos e voltou a cair ontem (17-04) na Bolsa de Chicago (CBOT). Os contratos com vencimento em maio fecharam a 353,25 centavos de dólar por bushel, 3% de redução em relação ao dia anterior.
Para o analista da Agra-FNP, Fábio Turquino Barros, os fundos queriam realizar lucro e basearam-se na informação de que haverá bom clima nos Estados Unidos na próxima semana , o que minimizaria os atrasos no plantio do grão. “Foi o motivo que os fundos usaram para trocar posições rumos a mercados mais aquecidos”, avalia Barros. A queda de ontem surpreendeu analistas pois esperava-se que o milho recuperasse as perdas de segunda-feira (1,2%), por conta do efeito do relatório de acompanhamento de plantio dos Estados Unidos, que foi divulgado depois do fechamento do pregão e mostrava atraso significativo no cultivo do grão em lavouras americanas. Até o momento, 4% da área foi cultivada, quando no mesmo período do ano passado, este percentual estava em 8%. Em virtude disso, o pregão noturno até registrou alta – média de 6 pontos. Mas ontem, durante o dia, o milho caiu fortemente.
A soja também acompanhou a desvalorização dos preços do milho ontem na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em maio fecharam o pregão a 741,25 centavos de dólar por bushel, redução de 1,6% em relação fechamento do dia anterior.
