Os caprinos são como diamante: duros de quebrar, desde que não levem pancada. Os caprinos não adoecem facilmente mas é importante seguir algumas medidas para evitar o surgimento de doenças na criação. As principais medidas são:
1 – limpar, raspar e desinfetar todas as instalações evitando o aparecimento ou dando combate aos insetos e parasitas que porventura lá existam. O melhor é o uso do lança-chamas, pois o fogo desinfeta e desinfesta, matando todos os micróbios e insetos por ele atingidos.
2 – lavar e desinfetar todos os comedouros e bebedouros, deixando-os bem secos.
3 – manter sempre bem secas as instalações, não molhando as ripas do piso, evitando a umidade, pois é ela a causadora do aparecimento de muitas doenças, principalmente a coccideose, cujos parasitas necessitam de umidade para se desenvolver no meio exterior, tornando-se infestantes. Além disso, facilita a proliferação de moscas, mosquitos e outros insetos muito nocivos aos caprinos.
Lembrar sempre: os caprinos odeiam umidade e água no chão.
4 – não criar caprinos junto com animais de outras espécies como, bois, etc. e nem entrar em contato com cães e gatos, que lhes podem transmitir doenças. A não ser que o ambiente seja rigorosamente higiênico.
5 – eliminar ou isolar da criação, o mais rapidamente possível, qualquer animal que apresente algum sinal de doença, porque pode se tratar de uma doença infecto-contagiosa que pode se espalhar por toda a criação. Uma doença infecciosa pode liquidar um rebanho em questão de dias!
6 – a pessoa que lidar com os animais doentes não deve estabelecer contato com os animais sadios, para evitar que estes também se contaminem.
7 – manter em quarentena todos os animais vindos de fora, mesmo os que saíram para exposições ou por qualquer outro motivo, e que estejam de regresso.
Lembre-se: animais sadios são os que estão em casa.
8 – evitar o aparecimento de todos os animais que possam transmitir alguma doença aos caprinos, como ratos, pássaros, cães, gatos, morcegos, etc.
9 – tirar da criação, todos os animais fracos, raquíticos, mal desenvolvidos ou "de pouca saúde", porque estão mais sujeitos a contrair doenças, passando aos outros. Ou seja, deve-se fazer a seleção dos mais aptos, dos mais fortes, dos superiores.
10 – queimar ou desinfetar o esterco e toda "sujeira" ou material que esteve em contato com animais doentes ou suspeitos. A higiene é a base do sucesso.
11 – queimar ou enterrar em cova funda e cobri-los com cal virgem, para desinfetá-los, todos os cadáveres de animais e detritos contaminados. Qualquer contato pode ser fatal.
12 – fornecer aos caprinos uma alimentação racional e alimentos de boa qualidade e frescos, para evitar distúrbios alimentares.