Agronegócio

A implantação de sistemas quebra-ventos

Os quebra-ventos são barreiras naturais e/ou artificiais geralmente constituídas de renques de plantas dispostas na direção perpendicular aos ventos predominantes, principalmente aqueles que são mais frequentes e intensos nos meses de seca.

Os quebra-ventos têm como principal finalidade reduzir a velocidade dos ventos, promovendo a redução das perdas de água das culturas e dos solos, favorecendo as condições ambientais para o pleno desenvolvimento das plantas cultivadas e das criações, além da proteção de instalações e construções rurais.
 

Destaques
Entre as principais vantagens dos sistemas quebra-ventos estão:

>> Preserva a umidade das plantas e do solo.

>> Serve de abrigo a fauna e de inimigos naturais das pragas agropecuárias.

>> Reduz o risco de acamamento das culturas pelo vento.

>> Diminui a perda por derivação das gotas da irrigação.

>> Diminui os riscos das doenças e da mortalidade em animais (principalmente os mais jovens).

>> Representa oportunidade de diversificação das atividades agropecuárias, com a possibilidade de geração de renda com a produção de frutas, especiarias, madeiras etc.

>> Apresenta potencial de duplicar a produtividade agropecuária em condições normais de clima, e de até quintuplicar a produtividade em situações ambientais adversas, como nos períodos de veranicos e de secas severas.

As adequadas
As espécies a serem selecionadas na composição dos sistemas quebra-ventos devem apresentar adaptação e bom desenvolvimento em condições edafoclimáticas locais, não podem ser hospedeiras de pragas e doenças. De preferência, devem apresentar porte ereto e rápido crescimento. Também é bom que sejam flexíveis e de folhas perenes, com raízes profundas. É adequado que sejam pouco ou não proliferas e que não apresentem qualquer risco de intoxicação ou qualquer problema às criações, além de apresentarem baixos custos econômicos e operacionais de instalação.

 

Plantio
O intervalo entre os renques quebra-ventos devem ser de no máximo seis vezes a altura das plantas utilizadas no sistema. As fileiras de milho (que têm altura média 2 metros) devem estar intercaladas no máximo a cada 12 metros para ser funcional como quebra-vento na cultura de feijão, por exemplo.

É recomendável plantar fileiras duplas e homogêneas de plantas, principalmente para não haver falhas e desníveis nos renques quebra-ventos. O fenômeno conhecido como efeito jato poderia causar acréscimos na velocidade dos ventos, o que seria mais desastroso.

 

Dica
Mais um importante cuidado na hora de instalar o sistema quebra-ventos é a observação do desenho das copas das arvores, que geralmente estão inclinadas na direção dos ventos predominantes, além de consultar os moradores e trabalhadores rurais mais antigos da comunidade.

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