As exportações mundiais de carne bovina deverão crescer 2% em 2009, em função do aumento das vendas de Argentina, Brasil e Estados Unidos, apesar da retração esperada para os embarques de Austrália e Nova Zelândia. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
As exportações brasileiras deverão crescer em torno de 5%, após o recuo esperado para este ano (o primeiro desde 1996). O USDA espera que a retomada do mercado chileno e a liberação de novas fazendas para atender a UE auxiliem positivamente o desempenho do Brasil.
As exportações da Argentina poderão crescer em torno de 20% (mas é preciso avaliar as ações do governo local), sendo que o crescimento esperado para os embarques norte-americanos é de 10%. Os EUA serão beneficiados pelas compras de México e Canadá, contando também com o aumento das vendas para a Ásia.
Já as exportações australianas deverão recuar 3%, graças à retração da produção e à concorrência da carne norte-americana na Ásia. Os norte-americanos também afetarão negativamente os embarques da Nova Zelândia, que tendem a recuar 4%.
Com base no relatório do USDA é possível concluir que o Brasil manterá a hegemonia no mercado internacional. E que, apesar da crise econômica, as estimativas não apontam um cenário tão pessimista para as exportações de carne bovina. (FTR)