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SP: pela segunda vez no ano, frango vivo volta a registrar preços negativos

O simples fato de no dia 07 de agosto, o preço do frango vivo ter-se mantido inalterado no interior paulista gera um outro tipo de desdobramento: pela segunda vez neste ano o produto volta a registrar evolução de preço negativa em relação ao ano passado.

Em 2014 o frango iniciou o novo exercício já com a cotação significativamente aquém (16,66%) da observada um ano antes. E a negatividade de preços se manteve por, praticamente, todo o primeiro trimestre, só se revertendo nos últimos dias de março. Mas não porque houvesse valorização do produto e, sim, porque um ano antes o preço do frango simplesmente despencou.

Naquela ocasião, as primeiras altas do frango vivo começaram a ocorrer no mês de junho, acompanhando o ciclo normal de safra e entressafra da carne bovina. Mas acabaram indo além do que seria habitualmente esperado, pois o forte inverno de 2013 ocasionou fortes baixas na produção, gerando lacunas na oferta de carne de frango.

Neste ano nada disso foi registrado. A passagem do período de safra para o de entressafra sequer foi notada. E a oferta continua normal, pois a produção – seja porque o inverno vem sendo mais ameno, seja porque os produtores estão mais bem preparados – não foi minimamente afetada.

O resultado disso é uma remuneração inferior à do ano passado e um resultado negativo que tende a se acentuar no decorrer deste e dos próximos meses, ainda que o frango vivo paulista venha a obter reajustes imediatos ou de curto prazo (o que não é difícil de ocorrer, pois o mercado é firme e a oferta, embora normal, se encontra ajustada).

Ainda que a diferença seja mínima, em 2014 o frango vivo chega até aqui com uma cotação média inferior à de idêntico período de 2013 (R$2,32/kg, contra R$2,34/kg no ano passado). Não propicia, claro, o retorno ideal mas, mesmo assim, não chega a ocasionar grandes perdas, pois seu principal fator de custo, as matérias-primas, vêm registrando preços decrescentes,

Porém, o que mais chama a atenção no comportamento do frango vivo neste exercício é a estabilidade de preço, sobretudo quando comparada com 2013. No ano passado, neste mesmo período, o frango vivo apresentou, em relação à cotação média então observada, preços que ficaram desde 23% até 28% abaixo e acima da média, respectivamente – uma amplitude superior a 50 pontos percentuais que, convenhamos, ninguém aguenta, sobretudo o consumidor.

Neste ano, no mesmo período, essa amplitude se encontra em apenas 17 pontos percentuais, pois, em relação ao valor médio, os preços registrados variaram 7% abaixo e 10% acima. Além disso, nos últimos cem dias (isto é, desde o final de abril) o preço alcançado pelo frango tem apresentado excepcional estabilidade, com variação que não vai além de 2% acima e abaixo da média. É um equilíbrio que, nos parece, reforça ainda mais a já reconhecida maturidade do setor. 

 

Fonte: Avisite

 

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