Por Maria Gabriela Tonini
Em quase todas as praças pesquisadas pela Scot Consultoria, as relações de troca atuais (para quem deseja vender o boi gordo e adquirir reposição) estão menos vantajosas do que em abril de 2008.
Analisando a troca entre boi gordo e bezerro recém-desmamado, temos hoje uma desvantagem de 9,4% em relação a abril de 2008 na média do Brasil, sendo que a pior condição está na Bahia (queda de 19% no poder de compra, desde então). Somente no Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina as trocas estão pouco melhores que no ano passado (2%, 1% e 1,5%, respectivamente).
Comparando o mesmo período, mas para a troca de boi gordo com bezerros sobreanos, tem-se também uma situação menos vantajosa atualmente. Em todas as praças, as relações de troca hoje estão piores do que em abril do ano passado, sendo que a maior queda ocorreu novamente na Bahia.
Para a troca com os garrotes, a situação não é muito diferente. Hoje o poder de compra do produtor, na média brasileira, está 11% menor que no ano passado. Em Rondônia e no Maranhão, o poder de compra encolheu 19%.
Ainda em relação a abril de 2008, a troca entre boi gordo e boi magro é a menos vantajosa em comparação às outras categorias, chegando a 11% de recuo. Goiás e Mato Grosso do Sul estão entre as praças onde a troca entre boi gordo e boi magro mais caiu no período, com baixa de 15%.
Mesmo assim, a procura por todas as categorias está forte. E, mediante a oferta enxuta, a intensa demanda tem provocado alta na maioria das praças.