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Rebanho mineiro cresce com Exposição

A pecuária mineira foi beneficiada por vários avanços no decorrer dos últimos 50 anos, que a posicionaram como maior produtora de leite do país, respondendo por 30% do volume nacional, e a quarta posição na produção de carne, com algo entre 900 mil e 1 milhão de toneladas / ano. Este desempenho vem sendo conquistado concomitantemente com a Exposição Estadual Agropecuária, que completa neste ano meio século de realização. Incorporada à Superagro desde 2005, a Exposição é hoje a maior vitrine da pecuária mineira. Na edição deste ano serão 800 exemplares de bovinos de leite das raças gir leiteiro, girolando, gir, holandês, jersey e pardo-suíço e 650 bovinos de corte das raças guzerá e brahman.

De acordo com o coordenador técnico estadual de bovinocultura da Emater-MG, José Alberto de Ávila Pires, uma das regiões que reforçou o crescimento da bovinocultura em Minas Gerais foi o Cerrado. Na década de 1960, o Cerrado ainda era bruto e pouco explorado. “Naquela época existiam cerca de 15 milhões de cabeças em Minas e o padrão racial era o gir, por se tratar de uma raça mais resistente. O nelore era pouco conhecido e ainda existia a raça indubrasil, resultado do cruzamento das raças gir com guzerá. A pecuária de leite era incipiente e centrada na raça holandesa”, explicou.

O salto da pecuária leiteira começou em meados da década de 1960, quando começaram a vir para Minas grandes laticínios que iniciaram o processo de fomento da produção, afirmou.  De acordo com Pires, a partir da década seguinte, o Cerrado começou a ser mais explorado com a utilização de técnicas de melhoramento de solo – aplicação de braquiária – e inserção de grãos. “Com isso, a condição do solo e as pastagens foram melhorando e o nelore também foi ganhando espaço na produção de carne”, destacou.

Integração – Já na década de 1980, o sistema de melhoramento de solo foi intensificado e as áreas de pastagens abertas na década anterior foram recuperadas. “A partir do ano de 1990, o sistema de plantio direto ganhou força, possibilitando a integração lavoura-pecuária. Juntamente a este processo, no ano de 1997, a prática da engorda intensiva em confinamento foi aperfeiçoada, principalmente na região de São Domingos do Prata e seu entorno”, relembrou. A pecuária mineira mantém-se estável há quase duas décadas, com o número de animais no Estado girando entre 20 milhões e 23 milhões de cabeças.

Ainda hoje é muito utilizada nas terras mineiras a integração lavoura-pecuária, fazendo com que o produtor consiga manter a área renovada, favorecendo tanto a pecuária quanto a agricultura, comemorou Pires.  “Esta ação favorece tanto a produção de carne quanto a de leite associada com grãos. Uma vaca F1 (meio sangue gir e holandês) produz uma média de 10 a 15 litros por dia e este fator consegue manter a produtividade em alta e o Estado como o maior produtor nacional, com 7,5 bilhões de litros por ano”, observou.

Do rebanho de 7,5 milhões de vacas em Minas Gerais, cerca de 5 milhões são ordenhadas anualmente. Cada um desses animais produz cerca de 1,5 mil litros de leite por lactação a cada ano. No decorrer deste processo, são geradas 5 milhões de crias, sendo em média 50% machos e 50% fêmeas. “Além disso, o Estado gera cerca de 4 milhões de animais para abate a cada exercício, o que mantém Minas com o quarto lugar na produção nacional. A principal característica do rebanho do Estado é a dupla aptidão”, considerou o coordenador.

Fonte: SuperAgro 2010
http://www.superagronet.com/

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