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Quem precisa ter medo da carne bovina brasileira?

Com certeza não é o consumidor europeu, pois a carne brasileira é barata, saudável (segura) e de qualidade. Lógico que, a fim de atender algumas exigências mais específicas, é preciso avançar em questões relacionadas, principalmente, à sanidade e à rastreabilidade. Ninguém nega isso. Mas o produto nacional não apresenta, de forma alguma, risco à saúde dos consumidores da Europa.

Já o medo por parte dos produtores europeus é compreensível e, até certo ponto, justificável. Afinal, em termos de competitividade, a carne bovina brasileira está “anos luz” à frente da carne da Europa. Um parâmetro: em 2006, de acordo com pesquisa realizada pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), os custos de produção de carne bovina no Reino Unido e na França ficaram, respectivamente, 347% e 163% acima daqueles registrados no Brasil. Isso com base em sistemas de produção intensivos.

Isso porque existe um negócio que se chama “aptidão”. Da mesma forma que o Brasil, por exemplo, não tem como competir no mercado de produtos de alta tecnologia com EUA e Japão, a Europa não tem como fazer frente ao Brasil em termos de produção de alimentos. Essa é a realidade. Como se costuma dizer, “cada um na sua”.

O Brasil possui abundância de terras, água, luz, temperatura ideal, forrageiras e rebanhos adaptados, mão-de-obra barata e qualificada para a lida no campo, instituições de pesquisa e indústrias de insumos de primeiro mundo, e por aí vai. Nesse sentido, a única saída que os produtores europeus encontram, para proteger seus mercados contra a carne brasileira, é apontar problemas inexistentes e tentar, na base da pressão e da barulheira, levar a um embargo contra o Brasil.

Como o parlamento Europeu não tem atendido a reivindicações desse tipo, fica bastante claro que elas refletem apenas o interesse de alguns grupelhos, e não a vontade da grande maioria dos consumidores europeus.

Nesse sentido, para reforçar nossa posição, vale a pena reproduzir abaixo uma análise que já havia sido divulgada, há algumas semanas, neste mesmo espaço. (FTR)

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