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Queda no consumo da erva-mate preocupa produtores do RS

Indústria não tem procurado tanto o produto e os trabalhos diminuíram.

Compras foram reduzidas porque o consumo caiu em torno de 20%. Os agricultores do Rio Grande do Sul estão preocupados com a queda no consumo de erva-mate. Como a indústria não tem procurado tanto o produto, os trabalhos no campo diminuíram.

Leonardo Paludo tem 30 hectares de ervais em Itapuca, no Rio Grande do Sul, e conta que as vendas para a indústria caíram 30% este ano. “Fica o produto na lavoura. Uma erva dessa está boa de corte, mas ela está aqui porque o consumo baixou. Se o consumo tivesse ficado estável como estava o ano passado, a gente estaria com essa erva já na ervateira sendo beneficiada”, diz.

Como as ervateiras têm comprado menos matéria-prima, o ritmo de trabalho nos ervais diminuiu.

Em uma propriedade, a colheita era feita em pelos menos quatro dias da semana. Agora, todo o trabalho é realizado em três.

As indústrias reduziram as compras porque o consumo caiu no estado. Segundo a indústria, a redução foi de 20% na comparação com o ano passado.

Em uma ervateira, que fica em Arvorezinha, no Vale do Taquari, a tática tem sido expandir as vendas para outros municípios do Brasil.

E o que poderia dar mais fôlego para o produtor, mas também não está acontecendo, seria o preço da erva-mate, que dobrou no último ano e está valendo cerca de R$ 15 a arroba. É que muita gente reduziu a área plantada nos últimos anos, mas ainda assim está sobrando produção no campo.

Leonardo é um deles e não quer saber de investir mais na lavoura. “Agora vamos dar uma segurada, não pretendo investir em lavoura nova”, diz.

A cadeia da erva-mate passa por um outro problema. O produto está sob suspeita desde que uma carga foi barrada no Uruguai por contaminação com metais pesados. O Ministério Público investiga o caso.

 

Fonte: Globo Rural

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