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Produtores de café são capacitados em administração em Paraguaçu

Três etapas do curso de Administração de empresas agrossilvipastoris / Custos de produção foram realizadas em Paraguaçu, Minas Gerais, entre o final de 2015 e o início de 2016, com foco na cafeicultura. Os participantes do curso do SENAR/MG já implantaram mudanças no manejo da cultura e esperam colher melhores resultados na safra 2016, cuja colheita está em andamento.
A cafeicultura é o carro chefe da economia em Paraguaçu sendo responsável por 48% da economia do município. Diante da força da commodity, a preocupação dos técnicos de área recai sobre a formação dos jovens cafeicultores. A maioria deles começa a produzir juntamente com os pais e carregam vícios de produção que podem comprometer o café e, consequentemente, a rentabilidade da atividade.
Segundo o mobilizador do Sindicato no município, Rodrigo Carneiro Lopes, o aproveitamento das capacitações foi muito bom, tanto que o trabalho terá sequência em outro programa da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (FAEMG), o Café+Forte.
Para o gerente do departamento técnico da cooperativa, Rogério Araújo Pereira, a capacitação é importante para evitar vícios do passado, auxiliar na sucessão familiar e deixar os jovens mais preparados para exercer uma atividade rentável no campo. “Os participantes gostaram muito ao perceberem que toda técnica repassada é aplicável no dia a dia da propriedade”.
Na prática
O cafeicultor José Andrade Dias Júnior já avalia as mudanças implantadas. Uma delas é a redução dos custos com combustíveis. Para isso comprou um carro mais econômico e maior para o transporte de toda equipe da fazenda. José destaca que algumas das ferramentas de controle já eram adotadas por ele, como as anotações das despesas e o fluxo de caixa, mas aprendeu a controlar ainda mais os gastos com a pergunta: eu preciso ou eu quero esse produto?
Segundo ele, desta forma evitaram o investimento em um novo secador de café que ficaria ocioso para o tamanho da área em que trabalham: 36 hectares entre uma parte arrendada por ele e a fazenda do pai. “Sabendo efetuar o manejo da forma adequada dá para realizar o trabalho, sem comprometer a qualidade, com os equipamentos que temos. É preciso saber onde investir”.
O instrutor do curso, Mário Assis Daúd, ressalta que, na maioria das regiões, as estruturas de suporte (maquinários, construções) não estão dimensionadas da maneira adequada, o que pode onerar os custos de produção. Segundo Márcio, é importante a busca de assistência técnica para a tomada de decisões desde a primeira etapa do investimento, que é a escolha da área para o plantio.
Entre as Posts demais mudanças que serão implantadas por José Dias, após a colheita, está a redução de funcionários e o censo das lavouras, o que determinará exatamente quantos pés de café existem, entre as lavouras novas e velhas. “Temos áreas antigas que precisam ser renovadas. Nessas áreas não sabemos exatamente quantos pés de café temos por hectare. Essas informações são importantes para definirmos corretamente a adubação e para não comprometer o nosso passivo”.
José hoje é sócio do pai e juntos, entre as fazendas Esperança e Ilha da Garça, esperam colher 2.000 sacas nesta safra. A dificuldade, segundo o produtor, está na chuva que chegou com tudo no mês de junho e levou para o chão um quarto da sua lavoura. Mas ele confia que mesmo com os grãos no chão não perderá muito na qualidade, devido à altitude da sua propriedade.
Café+ Forte
Segundo a analista de agronegócios da Faemg e coordenadora do programa, Ana Carolina Alves Gomes, a Coomap é parceira do Café+Forte desde 2011 e os resultados apresentados melhoram a cada ano. “Um dos objetivos do nosso programa é possibilitar a integração, trazendo oportunidades para os participantes dentro do Sistema Faemg (FAEMG, SENAR, Inaes e Sindicatos), com formação complementar, possibilitando ampliar a competitividade dos produtores nessa atividade tão complexa, a cafeicultura”.
Desenvolvido e coordenado pelo Sistema Faemg, com o apoio do Sicoob Crediminas e de parceiros nos municípios onde o projeto está presente, o Café+Forte realiza a transferência de tecnologia nas áreas de gestão e custos, aumentando a capacidade de gerenciamento do cafeicultor mineiro.

 

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