A Muguidjana Agropecuária exportou pelo porto de São Sebastião- SP, em 11 de junho, 1.284 bovinos e 17 eqüinos de lida para Angola, na África.
Todos os bovinos são destinados à reprodução. Do total, aproximadamente 1.000 cabeças são animais comerciais, novilhas prenhas, e 300 são animais puros (PO).
O potencial tropical, que é muito semelhante ao Brasil e a atual retomada do desenvolvimento econômico de Angola, foi aproveitado pelo pessoal da Muguidjana. Com essa ação abre-se um novo mercado para a agropecuária brasileira. E abertura de novos mercados é sempre bom.
A guerra civil em Angola praticamente dizimou o rebanho do país, e com o fim das hostilidades em 2002/2003, o país tornou-se um interessante mercado para a pecuária brasileira.
Este foi o primeiro embarque de um grande projeto da Muguidjana Agropecuária, que vinculada à sua parceira angolana Agritrade, pretende exportar 50 mil animais.
O rebanho deve chegar ao porto de Luanda no dia 21. Os animais passaram por um processo de adaptação realizada em confinamento localizado numa das fazendas da empresa em Glicério-SP. A empresa, que há cinco anos investe no Brasil em pecuária de elite e comercial, nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, pertence a uma holding portuguesa com fortes vínculos no continente africano. Essa particularidade proporcionou e proporciona uma interessante agilidade para viabilizar a continuidade dos embarques.
Esse deve ser um dos maiores embarques, feitos pelo Brasil, de bovinos para reprodução. A quantidade de animais registrados também se destaca. Estamos exportando genética.
O conjunto de touros e matrizes contemplou as raças nelore (maioria), guzerá, brahman e gir, também essas em quantidades relevantes.
A operação contou com 64 caminhões/carretas para o transporte dos bovinos e outras 10 carretas de ração para a alimentação durante a viagem e consumo em Angola durante readaptação às pastagens.
Essas informações foram obtidas com exclusividade pela Scot Consultoria, junto ao diretor geral do empreendimento no Brasil, o engenheiro agrônomo Daniel Pagotto. (AT)