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Preços do boi gordo sobem 24% em reais e 38% em dólares entre janeiro e julho de 2008

Em reais, as cotações do boi gordo reagiram, em média, 24% entre janeiro e julho de 2008. Em dólares, porém, o aumento médio foi de 38%, contando com a ajuda da valorização da moeda nacional. Os cálculos foram feitos com base em 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, nos principais Estados pecuários do país.

Acompanhe, na figura 1, os maiores reajustes.

Na comparação com alguns concorrentes, a valorização do boi gordo brasileiro esteve entre as mais significativas.

Veja que a situação não está nada favorável aos frigoríficos brasileiros. Em termos de aumento de preço, o Brasil só foi superado pelo Uruguai, um dos principais destinos de indústrias nacionais durante a atual fase de internacionalização. A Argentina, por sua vez, que também recebeu pesados investimentos de grupos frigoríficos do Brasil, registrou aumento mais comedido, mas justamente porque o governo local vem praticando um auto-embargo sobre as exportações de carne bovina.

Vale destacar que, no campo, os custos de produção também reagiram forte ao longo do período analisado. No Brasil, para a pecuária de alta tecnologia, o aumento médio foi de 32%. No caso da pecuária de baixa tecnologia, tem-se um reajuste mais comedido, próximo de 13%.

A margem dos produtores, portanto, não está evoluindo no mesmo ritmo do aumento dos preços. Aliás, dependendo da região e do sistema de produção, esteve em queda no decorrer de 2008.

O custo do confinamento, por exemplo, está em torno de R$105,00/@ engordada no cocho. Em síntese, principalmente para quem faz confinamento exclusivo, a conta não fecha.

É fato que há dificuldade de repasse dos aumentos de preço do boi para o consumidor final e que a competitividade da carne brasileira no mercado internacional está em queda. De toda forma, mediante o atual cenário de oferta, de custos e de preços do bezerro, é de se esperar que o mercado do boi gordo se mantenha firme no médio. (FTR)

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