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Preços de grãos e energia

A soja e o milho fecharam em queda na Bolsa de Chicago (CBOT), basicamente em função da melhoria no clima dos EUA, avanço no plantio e notícias de que a Argentina talvez retome seu fluxo de exportações, abandonando a greve dos produtores através de um acordo com o Governo local.

A expectativa de avanço de até 100% da área plantada de milho para a próxima semana, em linha com a média histórica de avanço dos últimos 10 anos para esse período, diminuiu a cotação do cereal em 4,25 centavos de dólar, para US$5,99/bushel. É o mercado de clima atuando nessa época.

A soja também ficou a mercê do clima norte-americano e da retomada das exportações argentinas. Previsões de chuva e clima mais quente para a próxima semana, favoráveis à germinação dos grãos, além do avanço no plantio manter seu ritmo normal, deram o tom da tendência baixista. A queda foi de 3,25%, com o contrato de julho fechando a US$13,33/bushel.

Na contramão dessa tendência, o petróleo continua atingindo patamares recordes a cada dia, chegando a ser cotado a US$127,05/barril na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque (NYMEX). Os grãos, antes vistos como energia, já não seguem a mesma tendência.

Enquanto isso o Governo do Estado do Texas, preocupado com o custo de alimentação do gado confinado, pediu uma mudança no percentual de mistura de etanol na gasolina, buscando uma diminuição na demanda por milho. O pedido foi feita à EPA – Agência de Proteção Ambiental dos EUA.

No contexto da alta do petróleo, o EPA se mostra relutante em aceitar tal pedido, e pediu mais estudos sobre os efeitos na formação do preço dos grãos, e os impactos na economia dos demais estados norte-americanos. Além disso, declarou que uma redução ou abandono da mistura de etanol na gasolina prejudicaria todas as diretrizes ambientais já estabelecidas pelo Governo daquele país. (JA)

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