Em MS, a oferta de boi gordo para abate está menor.
Cenário impulsionou a valorização da arroba.Na fazenda de Paulo Tobal, em Costa Rica, norte de Mato Grosso do Sul, 300 animais estão engordando no sistema de confinamento. O criador já abateu este ano 76 cabeças e até dezembro deve encaminhar para o frigorífico outros 224 bois. “Estamos aproveitando o preço de R$ 120 por arroba, razoável para o pecuarista”, diz.
Em outra fazenda em Nova Alvorada do Sul, 4 mil animais estão confinados. O gerente Rodrigo Vieira conta que o ritmo de abate caiu. “Esse ano já abatemos 500 animais contra quase o dobro no ano passado nesta mesma época”.
O resultado é que com a queda na oferta de animais para os frigoríficos, o preço da arroba subiu. No estado de São Paulo houve recorde de preço, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea). Em janeiro, a arroba valia cerca de R$ 114. Em abril subiu para R$ 125. Em agosto recuou para R$ 118 e, este mês, começou na casa dos R$ 128. Em um ano, a alta é de 28%.
Em Marília, São Paulo, o criador Antônio Dalla conseguiu vender o boi por um preço recorde e sonha com valores mais altos daqui para frente. “O boi que venderemos é um boi de confinamento, então acho que o valor pode chegar a R$ 135, R$ 140”, comemora.
O diretor da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Ruy Fachini, explica os motivos da valorização da arroba. “A seca prolongada no Centro-Sul reduziu bastante a oferta”.
Além disso, as exportações também estão contribuindo para reduzir a oferta de bois no mercado interno. As vendas externas de carne bovina cresceram 17% em relação ao mesmo período do ano passado e bateram recorde. O principal destino foi a Rússia.
Fonte: Globo Rural
