Combinando-se dados do IBGE e da SECEX/MDIC é possível concluir que no primeiro trimestre de 2014 a oferta interna de carne de frango inspecionada aumentou quase 17%. Ou mais de um terço (35,5%) em relação ao que foi disponibilizado quatro anos atrás, no mesmo trimestre.
Os dados do IBGE referem-se ao volume de carne de frango produzido em estabelecimentos sob inspeção federal, estadual ou municipal. Já os da SECEX/MDIC são relativos à carne de frango exportada, produto 100% inspecionado (neste caso, inspeção federal). Assim, deduzindo-se do total inspecionado o volume exportado tem-se a carne de frango inspecionada que foi disponibilizada no mercado interno.
Analisada a evolução dos números relativos aos últimos cinco anos, observa-se que em 2011 e 2012 o abate total, as exportações e a oferta interna apresentaram índice de evolução muito similar.
Já em 2013, as exportações do primeiro trimestre recuaram 7,5%, mas o recuo no abate inspecionado foi menor, de 2%. O resultado foi um aumento – então, pouco significativo, de 0,7% – na oferta interna do produto inspecionado.
Neste ano, tais resultados foram subvertidos de vez. Pois enquanto o abate inspecionado aumentou 11,7% (resultado decorrente não só do incremento do número de cabeças abatidas, mas também de um aumento no peso médio dos frangos abatidos), o volume exportado no trimestre registrou expansão de apenas 0,7%. O efeito disso foi um aumento de, praticamente, 17% na oferta interna de produto inspecionado.
Em relação ao primeiro trimestre de 2010, o volume de carne de frango produzida em estabelecimentos sob inspeção aumentou mais de 25%. Uma vez, porém, que o volume exportado registrou acréscimo de apenas 7%, as disponibilidades internas do produto sob inspeção cresceu 35,5%.
Por: Avisite
Fonte: Agrolink
