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Número de bois mortos por hipotermia em MS pode superar mil, diz Iagro

A frente fria que atingiu a região do Pantanal de Mato Grosso do Sul no último fim de semana provocou a morte de centenas bovinos. Somente no município de Coxim, pelo menos 370 cabeças de gado morreram por hipotermia, condição em que a temperatura corporal cai abaixo do normal, segundo dados da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). As perdas, no entanto, podem ultrapassar mil cabeças, de acordo com levantamentos preliminares de produtores e do sindicato rural da cidade.

“A estimativa que temos ainda é vaga. O número de gado morto pelo frio pode ultrapassar a marca de mil, mas ainda não temos dados atualizados, o que deve acontecer no fim do dia”, afirmou Rubens de Castro Rondon, diretor de Defesa Sanitária Animal da Iagro. Segundo ele, a maioria dos animais mortos era novo e recém-desmamado, mais vulneráveis à queda de temperaturas.

De acordo com informações do Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (Cemtec), o dia mais frio foi a sexta-feira (25), quando a temperatura mínima foi de 13 graus e a máxima não passou de 15 graus. Na última quarta-feira (23), a mínima havia sido de 16 graus e a máxima de 24 graus. No campo, as sensações térmicas são ainda menores do que as registradas na cidade. “As temperaturas tendem a ser menores nas regiões mais descampadas, ou seja, em áreas com poucas edificações que não influenciam tanto o clima”, explicou Cátia Braga, meteorologista do Cemtec.

Em nota, o veterinário da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Horácio Tinoco, disse que, naquela região de clima quente, os animais não estão acostumados com o conjunto formado por alta umidade, frio, chuvas e ventos. “Estes fenômenos podem mudar o parâmetro fisiológico do gado, alterando batimentos cardíacos e pressão arterial”, afirmou.

O sindicato rural de Coxim afasta a possibilidade de as mortes terem sido causadas por doenças. A orientação do órgão é que os veterinários de cada propriedade registrem as mortes de gado e encaminhem os dados para o Iagro, para que as informações sobre os prejuízos sejam atualizadas.

 

Por: Agencia Estado

Fonte: G1.com

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