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Lavouras gaúchas se recuperam após temporais

Na maioria das regiões do Rio Grande do Sul, os últimos dias foram favoráveis à recuperação dos estragos provocados pelos temporais do início do ano, apesar do retorno das chuvas e da ocorrência de inundações em áreas ribeirinhas e encostas.

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, se para os produtores atingidos a perspectiva é de prejuízos, para outros, a combinação de umidade e temperatura elevada é sinônimo de boa safra, com lavouras apresentando excelente desenvolvimento e potencial produtivo bem acima da média. Resta ao produtor gaúcho saber como o tempo se comportará até o fim da safra. Caso se confirmem os prognósticos de relativa normalidade para os meses de fevereiro e março, com precipitações próximas às médias históricas, o Estado deverá colher, no caso dos grãos, uma das melhores safras de verão.

O período foi de reconstrução de canais, taipas e vias de acesso e de manejo das lavouras de arroz. Aos poucos o percentual de lavouras em fase de floração e enchimento de grãos começa aumentar, apesar do atraso em relação a anos anteriores. Em alguns casos, devido à insolação abaixo do ideal, o desenvolvimento das lavouras é considerado regular, aquém do desejado, mas ainda há tempo suficiente para recuperação.

Dentro do possível, os agricultores aceleraram a colheita do feijão no Estado, que atinge os 50% colhidos, com atraso de 10 pontos sobre a média histórica. Em razão das enchentes que assolaram o Estado, especialmente nas áreas dos Vales do Taquari, Rio Pardo e na região Central do RS, haverá redução significativa na produção de feijão, dessas regiões. No restante do Estado, o desempenho da lavoura, até aqui, é normal, sendo que, em determinadas zonas de produção, como na Serra e no Alto Uruguai, as estimativas são de excelente produtividade, acima das expectativas iniciais, e que, a se confirmar, poderão compensar na produção final.

A cultura do milho se mantém com ótimo desenvolvimento em função da boa disponibilidade de umidade no solo e do calor. As condições atuais desta safra são as melhores possíveis, com a maioria das lavouras apresentando excelente potencial de produção. As lavouras semeadas no cedo apresentam espigas grandes, com muito boa qualidade de grãos, saindo da condição de risco por deficiência hídrica. O rendimento obtido nos 7% da área já colhida tem se situado bem acima das estimativas iniciais. O potencial apresentado nos 15% que se encontram maduros e prontos para a colheita também repete o cenário. Nas lavouras mais do tarde, o desenvolvimento também é considerado bom.

O clima favorece o desenvolvimento vegetativo das lavouras de soja, apesar que o excesso de chuva em algumas áreas, durante a floração, poderá prejudicar a polinização, resultando em vagens mal formadas. Nessa situação se encontram 20% das lavouras. De maneira geral, o desenvolvimento da safra é considerado bom por técnicos e produtores.

Adriane Bertoglio Rodrigues
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
51-2125-3106 / www.emater.tche.br

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