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Infestação de pragas preocupa produtores de algodão de MT

Agricultores estão preocupados com o ataque do bicudo nas lavouras.

Custos com aplicações de inseticidas aumentaram bastante.

Infestação de pragas preocupa produtores de algodão de MT

Os agricultores de Mato Grosso estão preocupados com o ataque do bicudo nas lavouras de algodão. Eles devem gastar mais nesta safra para controlar a praga.

Ele é pequeno, quando adulto, não chega a um centímetro de comprimento, mas faz um estrago daqueles nas lavouras.

O bicudo do algodoeiro é originário do México e chegou ao Brasil no início da década de 1980. De lá para cá, se tornou a principal praga que ameaça a cultura do algodão, justamente por causa do elevado potencial destrutivo. Em grandes infestações, por exemplo, pode provocar a perda de até 70% da produção estimada.

Em Campo Verde, no sudeste de Mato Grosso, técnicos do Instituto Matogrossense do Algodão (IMA) estão no campo de olho nesse besouro. Eles ainda não podem quantificar, mas já sabem que, nesta safra, a presença do inseto nas lavouras aumentou em todo o estado.

Além do tempo chuvoso, a chegada ao mercado de novas cultivares transgênicas resistentes às lagartas, também pode ter contribuído para o aumento na pressão do bicudo.

Segundo os técnicos do IMA, a falta de cuidado na hora de destruir as soqueiras na safra passada também é observada.

O ataque começa pelas plantas cultivadas nas margens da lavoura. O inseto danifica as flores e as maçãs do algodão, mas são os botões florais, o alvo preferido. Eles abrigam os ovos, as larvas e as pulpas do bicudo, que serve de alimento.

Normalmente, os agricultores precisam fazer várias aplicações de inseticidas para combater o bicudo, só nas últimas três safras, por exemplo, 10 pulverizações foram feitas para controlar a praga. Como a infestação este ano é maior, a expectativa é que este número aumente.

O agricultor Giovani de Paula já fez quatro aplicações contra o inseto na lavoura de 350 hectares, mas até a hora da colheita, na segunda quinzena de julho, a quantidade de pulverizações deve triplicar. “Vamos fazer em torno de 12 aplicações, mas a média da região deve ficar em torno de 15 a 16 aplicações, em média”.

Considerando o valor do produto e as despesas operacionais, cada aplicação custa, em média, R$ 30 por hectare.

 

Por: Globo Rural

Fonte: Globo Rural

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