Notícias

Ibama investiga crime ambiental que matou mais de 2 t de peixes em GO

Erro em manejo em canais de irrigação pode ter causado o problema.

Peixes estão em área isolada, onde serão incinerados. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) investiga a morte de milhares de peixes em um projeto de irrigação, em São Miguel do Araguaia, no norte de Goiás. Um erro no manejo dos canais pode ter causado o problema.

Profissionais do Ibama fazem um levantamento para avaliar o tamanho do impacto ambiental encontrado no projeto de irrigação Luís Alves esta semana. O problema foi detectado em dois dos 36 lotes do projeto que são destinados a produtores da agricultura familiar da região do Vale do Araguaia. “As evidências indicam o lançamento de uma carga muito grande de material orgânico nos canais de irrigação, o que degradou muito a qualidade da água deixando níveis baixos de oxigênio, que os peixes não conseguiram suportar”, explica Diego Freitas, analista ambiental do Ibama. 

Na entressafra da soja, muitos produtores utilizam a técnica chamada de “banho da terra” para limpar a área e, assim, preparar o solo para receber o plantio de uma nova cultura, no caso, o arroz. Outras causas também devem ser investigadas, como a possível contaminação química dos animais por parte de agrotóxicos utilizados nas lavouras de soja.

Segundo um breve levantamento feitos pelos técnicos do Ibama, mais de 2 toneladas de peixes de várias espécies morreram devido ao impacto ambiental. Todos eles foram levados para uma área isolada e estão sendo incinerados.

Somente depois da conclusão do laudo técnico que ainda será feito pelo Ibama e pela Saneago, empresa responsável pelo tratamento de água no estado, é que os envolvidos serão autuados e responderão pelo crime causado ao meio ambiente.  

O produtor responsável pelos lotes onde houve o problema não quis dar entrevista, mas disse que só vai se manifestar depois que sair o laudo com a causa da morte dos peixes.

De acordo com o Ibama, as análises devem ficar prontas em 30 dias.

 

Fonte: Globo Rural

Clique aqui para Comentar

Você precisa fazer o login para publicar um comentário. Logar

Deixe sua Resposta

Mais Lidas

Topo