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Geller: Rússia terá provas e contraprovas da carne suína da BRF

País é o principal importador de carne suína brasileira, tendo consumido 61.527 toneladas do produto entre janeiro e maio

O ministro da Agricultura, Neri Geller, diz que o governo brasileiro está pedindo explicações à Rússia sobre a acusação de que carne suína enviada por dois frigoríficos da BRF continha ractopamina, estimulante para o crescimento.

A substância teria sido detectada em carne enviada ao país, segundo a agência de notícias russa Interfax. “Eu estou acompanhando e, na semana passada, quando foi notificada uma planta em Rio Verde (GO), pedi para nossa equipe se deslocar rapidamente, porque a argumentação muito forte da BRF é de que não tem o uso desse produto”, afirmou em entrevista ao Broadcast, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado.

Segundo o ministro, o tema tem sido acompanhado pela presidente Dilma Rousseff, que pediu agilidade na identificação da incidência ou não do remédio para afastar prejuízos às exportações brasileiras. “O que não vamos aceitar do governo russo, inclusive a presidente Dilma me ligou ontem à tarde para acompanhar isso de perto, é que em função de interesse comercial sejam descredenciadas algumas plantas com argumento sanitário. Já pedimos as provas e as contraprovas e estamos fazendo contato com o ministro russo para intermediar isso”, disse.

A Rússia é o principal importador de carne suína brasileira, tendo consumido 61.527 toneladas do produto entre janeiro e maio. O volume respondeu por 32,06% de toda a exportação suína no período, ou US$ 224,02 milhões, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Geller acredita que o motivo da suspeita russa seja comercial e tenha finalidade de pressionar para baixo os preços da carne envida pelo Brasil ao país. “O mercado internacional é exigente e o ministério está pautado no fortalecimento da defesa sanitária, seja ela animal ou vegetal. Isso tem dado ao Brasil a oportunidade de abrir novos mercados, no momento em que se passa por um aumento do consumo muito forte”, disse.

“Se tiver problema comercial, que se combate com disputa a novos mercados e concorrência, isso é com o mercado. Agora, se entrar na questão da defesa sanitária, mexe com o governo”, indicou, ressaltando que o Brasil tem “responsabilidade com a saúde pública”.

 

POR ESTADÃO CONTEÚDO

FONTE: GLOBO RURAL

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