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Frigoríficos de MT terão regras mais rígidas para controle da vaca louca

Medidas serão válidas para empresas com serviço de inspeção estadual.

Definições entraram em vigor após normativa do Indea.

Frigoríficos de Mato Grosso que estão sob a inspeção do estado deverão adotar medidas de prevenção contra o mal da vaca louca em suas linhas de abate. Desta forma, as unidades deverão atender as mesmas exigências colocadas para as indústrias que atuam sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF).

As medidas resultam de uma instrução normativa do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), publicada em Diário Oficial do Estado, e já em vigor.

Segundo a disposição, os estabelecimentos que realizam o abate de ruminantes no estado e não possuem o SIF serão obrigados a recolher e fazer o descarte adequado dos materiais considerados de risco dos animais. Bovinos devem ter olhos, encéfalo, tonsilas, medula espinhal e a parte final do intestino delgado retirados e incinerados. O mesmo procedimento deve ser realizado para ovinos. Nestes, os órgãos considerados de risco pelo Indea são os olhos, encéfalo, medula espinhal e baço. A determinação não se aplica àqueles materiais destinados ao consumo humano, apenas proíbe que farinhas e sebos sejam feitos com eles.

O objetivo é coibir o alastramento da Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida também como mal da vaca louca. A doença ataca o sistema nervoso central do gado causando a morte do animal. O Serviço de Inspeção Sanitária Estadual (SISE) fiscalizará o cumprimento da norma.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindfrigo), Luiz Antônio Freitas Martins, acredita que os frigoríficos com inspeção estadual adotarão as medidas prontamente. Segundo ele, é importante cuidar de toda a cadeia produtiva, resguardando o consumo de carnes tanto interno quanto para exportação. “Mesmo que os frigoríficos que têm Sise não exportem, eles também serão afetados caso haja alguma incidência da doença e o Brasil não puder exportar”, afirma.

Fumaça indica a incineração dos bovinos abatidos em frigorifico. (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)

Frigorífico onde animal com vaca louca foi sacrifi-

cado(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)

Doença no Estado

Em março deste ano, uma vaca enviada ao abate na cidade de São José dos Quatro Marcos, município a 343 quilômetros de Cuiabá, foi diagnosticada com os sintomas do mal da vaca louca. Por medida de segurança, no mesmo dia o animal foi abatido.

Após realização de exames tanto no Brasil, quanto pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o caso foi classificado pela Organização Internacional de Saúde Animal como atípico, já que o animal. Ou seja, a doença foi desenvolvida de forma isolada em um bovino e que não morreu em função da encefalopatia.

Quarenta e nove bovinos que tiveram contato com o animal doente foram sacrificados ainda em abril. O rebanho vivia com a fêmea na mesma propriedade rural, localizada em Porto Esperidião, no sudoeste mato-grossense. Para eles, exames descartaram o mal da vaca louca.

 

Perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Brasil possui status de risco insignificante para a doença.

Propriedade em MT onde vivia animal com mal da vaca louca (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)

Propriedade em MT onde vivia animal com mal da

vaca louca (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)

Embargo

 

A ocorrência da doença em um animal criado em Porto Esperidião fez o Peru embargar por 180 dias o comércio da carne entre os países. Além deste país, o Egito também restringiu o comércio internacional de carnes.

 

Por: G1 MT

Fonte: Globo Rural

 

 

 

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