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Frigoríficos atrás de Vaca

Por Fabiano Tito Rosa

O mercado do boi gordo voltou a firmar. Na BM&F, as apostas para o final da entressafra já superam os R$82,00/@. Parece que as coisas estão retornando ao eixo.

O que tem me chamado a atenção, no momento, são as cotações da vaca gorda. Não as cotações em si, mas as diferenças em relação aos preços pagos pelo boi gordo.

Em São Paulo, por exemplo, tem-se R$78,00/@ para o boi e R$72,00/@ para a vaca. Diferença, do segundo para o primeiro, de -7,7%. Na região de Goiânia – GO, por sua vez, tem-se R$69,00/@ para o boi e R$64,00/@ para vaca, diferença de -7,2%. Em Barra do Garças – MT a vaca vale “apenas” 4,5% menos que o boi, e por aí vai.

Historicamente, na maior parte do País, tem-se uma diferença de -10%, às vezes um pouco mais, da vaca para o boi. Esse estreitamente foi registrado ao longo dos últimos dois anos, como reflexo do descarte forçado de matrizes ocorrido entre 2003 e 2006.

Além da redução da oferta de fêmeas, boa parte dos frigoríficos, nesse início de 2009, passou a dar mais atenção às vacas do que aos bois. Afinal, as indústrias estão buscando reduzir custos (e os animais terminados respondem por até 90% dos seus custos totais), ao mesmo tempo em que encontram dificuldades no escoamento da carne para mercados mais exigentes (exportação).

Logicamente que a vaca, na indústria, tem um rendimento menor do que o boi (pois é mais leve), o que acaba afetando os custos fixos. De toda forma, compromete menos o caixa.

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