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Excesso de umidade interfere no desenvolvimento do grão

A ausência e o excesso de chuva comprometem o desenvolvimento da agricultura. A falta de água atrasou o plantio do milho safrinha e havia a expectativa de alguns prejuízos. Agora, as chuvas registradas nos últimos dias começam a preocupar os órgãos responsáveis, pois a alta umidade interfere no desenvolvimento do grão e no surgimento de algumas doenças.
A técnica do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Deral/Seab) de Toledo, Jean Marrie Ferrarini, explica que neste momento é cedo para afirmar se o milho sofrerá algum tipo de dano. Contudo, ela esclarece que o grão está em fase de frutificação e maturação, com isso, o excesso de umidade interfere no desenvolvimento do grão e, consequentemente, pode diminuir a qualidade da planta e a quantidade a ser colhida.
A projeção inicial da produtividade da regional de Toledo era de em média 7,7 quilos por hectare. Na sede, a estimativa era de aproximadamente 5,5 quilos por hectare. “Será possível estimar algum tipo de perda somente quando iniciar a colheita nesta safra. Antes, não é possível fazer uma estimativa”.
Colheita
A previsão de colheita do milho é para o início da segunda quinzena deste mês. No entanto, a técnica relata que a meteorologia aponta chuvas até este período. Com isso, a colheita pode atrasar neste ano. “Após as chuvas, os produtores precisam aguardar que o milho seque por alguns dias e, posteriormente, iniciar a sua retirada”.
Espiga
Umidade pode auxiliar no surgimento de doenças
As doenças tornam-se uma grande preocupação por parte de técnicos e produtores envolvidos na produção do milho. Muitos profissionais relatam a perda na produtividade devido ao ataque de fungos. Dentre as doenças que atacam a cultura destacam-se: giberela, cercosporiose, ferrugem, grão ardido, doenças foliares, entre outras.
A técnica do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Deral/Seab) de Toledo, Jean Marrie Ferrarini, relata que grãos ardidos referem-se aos grãos produzidos em espigas que sofrem um processo de podridão.
Por sua vez, o engenheiro agrônomo da Coamo, Itamar Leandro Suss, explica que a enfermidade giberela em cereais de inverno prejudica no rendimento, ou seja, interfere na formação e na qualidade do grão. “Os grãos infectados podem ser tóxicos, tanto para o ser humano quanto para animais, devido à presença substâncias tóxicas que podem ser produzidas pelo fungo, elevando as perdas em rendimento de grãos e em qualidade de sementes e de grãos”.
Suss acrescenta que algumas doenças do milho são difíceis de serem controladas, pois há produtos que não conseguem atingir o fungo que está na espiga.
Os legumes, as hortaliças e as frutas também sentem o resultado do excesso de chuvas. Mesmo os produtos cultivados em estufas sofrem com o excesso de água, pois estão mais vulneráveis a fungos e bactérias.
Segundo informações da Cooperativa de Agricultores Familiares de Toledo (Cofatol), a chuva atrapalha o desenvolvimento das plantas. Entretanto, a presença do frio também traz resultados negativos à produção, pois as verduras ou as plantas necessitam que a terra esteja quente para que se desenvolvam sem prejuízos.
 
Fonte: Jornal do oeste 2

 

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