Cristalina é o município que mais produz alho no Brasil.
Lavouras devem produzir menos nesta safra.
Os produtores de alho de Goiás iniciaram a colheita, mas por causa do excesso de chuva na hora do plantio, a safra vai ser menor.
O trabalho para tirar o alho da terra dura o dia todo. O município de Cristalina é responsável por 25% da produção nacional de alho e em 2014, os produtores devem colher 30 mil toneladas.
Só em uma fazenda foram plantados 80 hectares e devem ser colhidas cerca de 120 mil caixas. A produção é considerada boa, mas poderia ter sido melhor se não fosse a quantidade de chuva na época do plantio.
Nos meses de março, abril e maio choveu mais que o esperado para o período e isso atrasou o plantio e prejudicou a produtividade. A expectativa de Rafael Corcino era colher 15 toneladas por hectare, mas ele vai conseguir apenas 12. “Choveu mais ou menos o dobro do ano passado, nesse mesmo período, na epoca de plantio, e isso acabou atrapalhando a condução da lavoura. Aumentou um pouco a incidência de doenças e fez com que as primeiras áreas colhidas tivessem uma produtividade menor”, diz.
A expectativa é colher toda a produção até o fim do mês e, para isso, os produtores estão correndo contra o tempo para não serem surpreendidos pelas primeiras chuvas da primavera.
“Essas culturas gostam de clima frio à noite e durante o dia, quente. E precisamos que não chova, porque a chuva acaba atrapalhando a qualidade do produto, depreciando o produto”, explica Rafael.
Como a qualidade do alho caiu, a caixa com 10 quilos do produto está sendo vendida por um valor entre R$ 35 e R$ 40, 10% a menos que na safra passada.
Fonte: Globo Rural
