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Especialista em bicudo diz que destruição mal feita dos restos culturais é “o gargalo do algodão”

“O gargalo do algodão é a destruição mal feita dos restos culturais”, afirmou o entomologista Walter Jorge dos Santos, considerado um dos maiores especialistas numa praga silenciosa e com imenso potencial de dano à cotonicultura: o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis). Pesquisador aposentado do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Walter Jorge acompanha o crescimento do cultivo do algodão em Mato Grosso desde os anos 1990, quando teve início a escalada que transformou o estado no maior produtor brasileiro da pluma.

Essas credenciais levaram a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) a convidá-lo para uma rodada de reuniões com produtores e gerentes técnicos de produção de fazendas do estado nesta semana. Walter Jorge diz que não trouxe novidades para “quem é do ramo”. Segundo ele, a única forma de controlar o bicudo e consequentemente reduzir a população do inseto a um nível que não inviabilize o cultivo do algodoeiro é fazer bem o controle cultural.

“O bicudo só se reproduz na planta do algodoeiro, embora se alimente de outras plantas. Se ao final da safra de algodão, o produtor não se empenhar em eliminar as soqueiras e plantas tigueras (ou guaxas), teremos uma população de bicudos crescendo sem controle, o que coloca em risco a safra seguinte”, alerta o entomologista.

Ele reconhece que há novos fatores que complicam a realização dessa destruição de uma forma perfeita, como a grande dimensão das áreas de plantio do algodoeiro e também  a época em que ela precisa ser feita no caso de Mato Grosso e outros estados brasileiros: o período de seca. “Geralmente o produtor pensa na cultura até a colheita, porém o algodão é uma planta perene e, por isso, é muito importante eliminar todos os restos culturais (o que fica do algodoeiro após a colheita dos capulhos e também o rebrote)”, explica Walter Jorge.

 

Por: IMA – Instituto Mato-Grossense do Algodão

Fonte: Agrolink

 

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