Os preços do suíno vivo e da carne suína alcançaram neste mês as maiores médias nominais para janeiro da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), iniciada em 2004, apesar de terem caído recentemente. Em termos reais (deflacionando-se pelo IPCA de dez/13), os valores médios de janeiro deste ano ficam abaixo apenas dos verificados no primeiro mês de 2005.
O que sustenta os preços em patamares elevados é o cenário de oferta restrita de animais para abate. Na média de janeiro de 2014 (até o dia 29), a carcaça comum suína é cotada a R$5,98 o quilo e a especial, a R$6,33/kg, respectivos aumentos de 2,0% e 4% em relação aos preços médios de igual intervalo do ano passado. Para o suíno vivo, a média mensal (até o dia 29 de janeiro), de R$4,18/kg, supera em 8% a de janeiro de 2013.
Produção
A produção de carne suína deve alcançar 3,46 milhões de toneladas em 2014, o que representa um pequeno aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. A produção em 2013 alcançou 3,43 milhões de ton, informa a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS).
O diretor de Mercado Interno da ABIPECS, Jurandi Soares Machado, diz em comunicado que as carcaças suínas estarão um pouco mais pesadas este ano, o que indica uma leve recuperação da oferta de carne suína.
O alojamento de matrizes industriais também deverá ficar estável, com 1,67 milhão de matrizes em produção, em comparação com 1.668.594 cabeças em 2013. Segundo Soares Machado, haverá leve recuperação da produtividade, com a oferta para abate passando de 37,4 milhões para 37,6 milhões de cabeças, praticamente o mesmo volume do ano passado.
Fonte: Estadão Conteúdo. 31 de janeiro de 2014.