Começou nesta terça-feira (4) maior evento anual do leite da América Latina. A sexta edição do Congresso Internacional do Leite está sendo realizada em Resende (RJ). O encerramento será no próximo dia 6. Várias autoridades políticas e técnico-científicas, além de lideranças do setor de lácteos participaram da abertura do evento. Integram a programação do congresso o 8º Simpósio sobre Sustentabilidade da Pecuária de Leite no Brasil e o 6º Workshop sobre Políticas Públicas para o Agronegócio do Leite no Brasil.
Este ano, dez países de quatro continentes terão representantes no Congresso: Reino Unido, Bélgica, Alemanha, China, Austrália, Nova Zelândia, México, Uruguai e Argentina. Também estão presentes os principais especialistas brasileiros do setor. Os congressistas vão discutir os temas mais importantes e atuais da cadeia produtiva do leite. O futuro do leite no Brasil e no mundo será analisado de uma forma inovadora, uma vez que os temas do congresso foram definidos em forma de perguntas. Ou seja, os palestrantes vão realmente responder aos principais questionamentos do setor.
Entre as questões escolhidas para serem analisadas e respondidas durante o evento estão:
– Quais são as perspectivas do mercado de lácteos no Brasil e no mundo?
– Quais são as políticas governamentais para o setor?
– O mapa da produção no Brasil vai continuar mudando?
– Quais são os impactos do aquecimento global no leite?
– O preço ao produtor vai se manter elevado?
– A Europa vai retomar os subsídios?
– O que acontecerá com os custos de produção?
– Quais são as novas tecnologias e os desafios do setor?
– Como combinar lavoura e pecuária?
– A cana-de-açúcar compete com o leite?
Paulo Martins, Chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, lembra que muitas decisões de âmbito governamental de interesse do setor leiteiro tiveram como instrumento orientador discussões empreendidas e documentos elaborados nas edições do Congresso Internacional do Leite. “Não é à toa que ministros, governadores e importantes autoridades da esfera dos poderes executivo e legislativo sempre marcam presença no evento”, observou.
Outro ponto importante que marca o congresso é o fato de se reservar espaço para debater estratégias de transferência de tecnologias, conforme ressalta o Chefe de Comunicação e Negócios da Embrapa Gado de Leite, Marne Moreira. “O que o produtor precisa para crescer é saber usar de forma eficiente os fatores de produção”, aponta.
O grande debate- A noite do dia 5 de dezembro no congresso, está reservada para um momento histórico. Empresas e instituições importantes do setor estarão frente a frente pela primeira vez em público para o que já está sendo chamado de “O Grande Debate”. A partir das 18 horas, representantes do setor vão discutir o futuro do leite no Brasil e no mundo.
Vão participar da inédita discussão Rodrigo Sant’Anna Alvim, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados e da Comissão Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Marcel Barros, diretor da DPA/Nestlé, Othniel Rodrigues Lopes, diretor da Integralat; Jacques Gontijo Álvares, vice-presidente da Itambé; Cícero Hegg, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq); Hélio Vilas Boas, diretor da Eleva Alimentos e Christino Áureo da Silva, secretário de agricultura, pecuária, pesca e abastecimento do Rio de Janeiro. O moderador será Paulo do Carmo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.
