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Clima prejudica o feijão da safra das águas no Paraná

Seca e altas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento do feijão.

Em menos de dois meses, preço da saca praticamente dobrou.

A estiagem e as altas temperaturas do início do ano prejudicaram o feijão das águas no Paraná. Com menor oferta do grão, o preço subiu, mas mesmo assim, ainda tem muito produtor esperando um pouco mais para vender a safra.

Se a chuva tivesse caído antes, o produtor Willen Bowman não estaria calculando os prejuízos nos 140 hectares em que plantou feijão carioca em Castro, região centro-sul do Paraná.

“Como o feijão é uma planta relativamente sensível, temperaturas acima de 25ºC causam problemas com o desenvolvimento, florescimento e fecundação. São vários fatores que causam estresse na planta”, diz.

O feijão foi plantado em dezembro e a estiagem veio no momento em que as plantas mais precisavam de água, a fase de floração, mas entre janeiro e fevereiro foram mais de 40 dias sem chuvas significativas e com altas temperaturas. O resultado agora são vagens quase sem grãos.

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Em todo o Paraná, dos 239 mil hectares, 4% foram perdidos. Mesmo assim, a produção chegou a quase 422 mil toneladas: 40% a mais que na primeira safra do ano passado.

Quem investiu na cultura antes de dezembro não teve quebra na produção, mas, sim, problemas na qualidade dos grãos. Muitos mancharam e ficaram menores.

Em uma cooperativa de Castro, a saca, que era negociada por R$ 75 em janeiro, vale hoje quase o dobro, R$ 140.

Apesar da alta, muitos produtores não querem fechar negócio agora. Decidiram segurar um pouco os grãos na esperança que os preços subam ainda mais. “Eu vou segurar um pouco para ver o que o mercado vai fazer para talvez a gente recuperar um pouco a perda de produtividade que tivemos”

 

Por: Globo Rural

Fonte: Globo Rural

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