A partir desta sexta-feira (16/7), os três principais candidatos à Presidência da República (Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva) começam a receber as propostas do agronegócio brasileiro para o período 2011-2020.
O documento, intitulado “Agronegócio – Desenvolvimento e Sustentabilidade – Plano de Ação 2011/2014/2020” organizado pela Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG), foi fechado na última segunda-feira em São Paulo, durante encontro que reuniu mais de 50 entidades do setor no Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da FIESP, coordenado por Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Junto com a proposta, os candidatos vão receber seis perguntas. Todas elas tratam das principais demandas do setor rural: garantia de renda, logística, defesa agropecuária, comércio exterior, pesquisa e institucionalidade.
“A idéia é que eles gravem suas opiniões sobre estes temas, para que sejam apresentadas durante o 9º Congresso Brasileiro de Agribusiness, no dia 9 de agosto, em São Paulo”, explica Rodrigues.
Segundo o coordenador da Cosag, o Plano de Ação buscou colocar as cartas na mesa. “Queremos saber se os candidatos conhecem e, principalmente, se estão interessados em resolver as demandas do setor. Ou seja, quem de fato vai nos atender”.
“O Plano está sendo preparado desde março e contou com a participação de professores e pesquisadores, além de empresários e lideranças rurais”, diz Rodrigues.
O coordenador da Cosag lembra que, embora as demandas sejam múltiplas e o agronegócio reúna um grande número de entidades, o grupo que elaborou o Plano se preocupou em elaborar um documento sucinto, claro e objetivo.
GOVERNANÇA
O Painel dos Presidenciáveis será um dos pontos altos do 9° Congresso Brasileiro de Agribusiness, que tem como tema “Cenários 2011: Comunicação e Governança”.
Os vídeos com as respostas dos candidatos serão debatidos e avaliados por um grupo de especialistas do setor: Horácio Lafer Piva, João Paulo Koslovski, Paulo Rabello de Castro, Renato Buranello e Luis Antônio Fayet, sob a coordenação do jornalista Joelmir Beting.
Rodrigues prefere não adiantar o conteúdo da proposta encaminhada aos candidatos, mas cita os principais eixos: produção e desenvolvimento sustentável, aumento da eficiência produtora, redução da pobreza rural, abastecimento do mercado interno e crescimento da exportação.
Carlo Lovatelli, presidente da ABAG, está otimista quanto o comprometimento dos candidatos em relação aos problemas do setor rural. “Acho que existe hoje um consenso em relação à necessidade de resolver os grandes entraves do agronegócio”, diz.
Gislaine Balbinot
Assessoria de Imprensa da ABAG
