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Burocracia prejudica recuperação das pastagens do Maranhão

Criadores de gado têm dificuldade para conseguir financiamentos.

Tem gente tentando aprovação há mais de um ano.

Criadores de gado do Maranhão reclamam da burocracia na hora de conseguir o financiamento do Programa de Agricultura de Baixo Carbono, do Governo Federal. Tem gente tentando a aprovação do projeto há mais de um ano.

Quinhentos mil hectares de terras estão degradados no estado, segundo o grupo gestor estadual do Programa ABC, da chamada agricultura de baixo carbono, uma das principais ferramentas criadas pelo governo brasileiro para conter as emissões de gases do efeito estufa no país. O problema é que nem todos conseguem utilizar os recursos disponíveis.

Assim que ficou sabendo do programa, Clodomir Rosa procurou o banco. Pretendia renovar uma área com 300 hectares, uma antiga pastagem que virou capoeira. “O banco não me dá explicação, só diz que a documentação não se apronta”.

Neto Soares, que também é criador, conta que foi vencido pela burocracia e teve que desistir do banco. Ele pretendia recuperar 300 hectares de pastagens em uma fazenda no município de Presidente Dutra utilizando recursos do Programa ABC, mas teve que usar dinheiro do próprio bolso porque, segundo ele, nunca conseguiu aprovação do banco. Investiu R$ 1 milhão na importação de máquinas do Japão para semear o capim.

A meta do Maranhão até 2020 é evitar a emissão de 1,3 milhão de toneladas de gases do efeito estufa na atmosfera. Para isso, é preciso estimular as lavouras no plantio direto, o plantio de florestas, e também a recuperação de pastagens degradadas.

Até agora, foram fechados no Maranhão 171 contratos do Programa ABC com recursos em torno de R$ 27,328 milhões.

O superintendente do Banco do Brasil no Maranhão, João Batista de Sá Ayres, explica por que alguns agricultores ainda não tiveram os pedidos aprovados. “Eu diria que é complexo. Não é simples porque eu tô fazendo um financiamento que pode chegar a R$ 1 milhão por CPF para ser pago em um prazo de até 15 anos. Neste processo, há uma técnica a ser respeitada”, diz.

No Sudeste do país, a situação é bem diferente. Minas Gerais é o estado que lidera os pedidos e a liberação de recursos do Programa ABC. Confira a situação no vídeo com a reportagem completa.

 

Por: Globo Rural

Fonte: G1.globo.com

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