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Boi de R$61,00/@ em SP??

Os fatos…

1. Houve um ligeiro aumento na oferta de animais terminados, provavelmente por conta da venda do gado da primeira rodada dos confinamentos. Já tem um pouco de boi a termo aí;

2. As vendas de carne, no mercado doméstico, estão fracas. Em uma semana a cotação do traseiro, por exemplo, recuou 4,2%.

Porém…

3. A maior parte dos frigoríficos, mesmo com esse aumento de oferta, continua trabalhando bem abaixo da capacidade normal de abate. Em outras palavras, o nível de ociosidade das indústrias permanece elevado;

4. As escalas seguem relativamente curtas, atendem entre 3 e 7 dias, às vezes 8 (na melhor das hipóteses – poucos casos).

O cenário levou à retração das ordens de compra para o boi gordo em algumas praças, notadamente do Brasil Central. Afinal, no extremo Sul e no Norte do País há pouco gado confinado.

De toda forma, depois dos recuos, o mercado travou. Raríssimas são as exceções onde os negócios evoluem razoavelmente bem. Os frigoríficos que optaram por um ajuste de R$1,00/@ até conseguem, com um bom esforço, sustentar as escalas. Mas quem está tentando jogar o boi ladeira abaixo não compra nada.

Ontem alguns frigoríficos chegaram a abrir, de balcão, R$61,00/@, a prazo, para descontar o funrural, pelo boi gordo rastreado em São Paulo.

Como se costuma dizer, “forçaram a barra”. Diante do atual quadro de ofertas, ainda mais com o atacado sinalizando que pode voltar a firmar, e com o dólar em alta, tal cotação não deverá ser absorvida pelo mercado. Vai ter que subir. (FTR)

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