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Biodiesel terá crescimento geométrico de produção

O biodiesel terá crescimento geométrico de produção este ano e em 2008, saltando dos 770 milhões de litros em 2005 para 2,5 bilhões de litros no ano que vem. A previsão é de estudo da consultoria Frost & Sullivan, que realizou amplo estudo sobre o setor. Para 2007 a estimativa é de que a produção seja de aproximadamente 1,6 bilhão de litros. De acordo com o estudo, o volume continuará crescer até 2012, mas em ritmo moderado, somando cerca de 3 bilhões de litros dentro de cinco anos. “O Brasil apresenta vantagens competitivas importantes no biodiesel”, garante Victoria Verdier , analista de pesquisa da Frost & Sullivan. “O País tem ainda muitas áreas disponíveis e deve produzir 85 milhões de toneladas de soja até 2011. Além disso, tem posição de liderança global na pecuária, outro fator importante já que o biodiesel pode ser produzido também a partir de sebo bovino”. Uma visão abrangente do mercado, mostra que o cenário é muito promissor para o produto no País, o que tem incentivado a implantação de projetos voltados para o biodiesel em número crescente. Mais fábricas De acordo com o levantamento da Frost & Sullivan, já existem sete unidades produzindo biodiesel no Brasil e há outras 16 em construção, além de 20 projetos a serem analisados. A estimativa é que entre 2008 e 2010 haverá pelo menos 57 plantas trabalhando na produção de biodiesel. “Serão unidades de médio e grande porte, com produção aproximada de 400 milhões de litros”, prevê Victoria Verdier. Os usuários finais do produto serão caminhões e ônibus e poderá haver utilização também para trens, aviões e navios. O biodiesel poderá também ser fonte de energia residencial e industrial. O estudo recorda que, por enquanto, o produto é vendido por leilões públicos nacionais, mas que depois de 2008 haverá uma estrutura livre de comercialização. Atualmente, o biodiesel é vendido nas redes de postos da Petrobras e da Ale. Etanol também promete A Frost & Sullivan também estudou o mercado de etanol, em que constatou quadro favorável para o Brasil. Segundo Victoria Verdier, as vantagens do País nesse segmento abrangem o crescimento da venda de carros “flex”, a crescente demanda para exportação, o aumento do mercado nos Estados Unidos e os créditos de carbono. Ela lembrou que existem variáveis menos positivas para o etanol brasileiro: “Há volatilidade dos preços e problemas de infra-estrutura. No entanto, as vantagens são amplas e o Brasil tem posição privilegiada também nesse setor”. Essa situação fica ainda mais clara quando comparada à de outros países da América Latina. O levantamento da Frost & Sullivan mostrou que no continente não há competidores do mesmo nível do Brasil no mercado de etanol. Na Colômbia, há redução de reservas de petróleo e falta de novos recursos e, embora o país seja destaque entre os maiores produtores de óleo de palma, a produção ainda fica abaixo da demanda. O México não é forte na produção de oleaginosas, embora tenha alto potencial para etanol. A melhor situação é da Argentina, com posição privilegiada entre os produtores e exportadores de oleaginosas.

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