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Avaliação nutricional do cafeeiro por meio da análise foliar

Importância

Nas folhas, ocorrem as principais reações metabólicas e as alterações fisiológicas decorrentes de distúrbios nutricionais. A avaliação do estado nutricional das plantas, normalmente, é feito pela análise foliar, tendo-se em vista que a folha recém-madura é o órgão que, como regra geral, responde melhor às variações no suprimento do nutriente, seja pelo solo ou pelo adubo fornecido à lavoura (Malavolta et al., 1997).

A análise foliar em cafeeiros é realizada para auxiliar o programa de adubações, visando à obtenção de altas produtividades. A diagnose foliar fornece informações complementares à análise de solo, permitindo maior segurança na recomendação da adubação na lavoura. Assim pode-se definir adequadamente a fonte, quantidade e época de aplicação de insumos, o que representa uma grande parcela do custo de produção.

A análise foliar em cafeeiros deve ser realizada anualmente. Uma amostragem feita de modo correto é o primeiro passo para uma bem sucedida análise foliar e sua correta interpretação.

Modo correto de fazer a amostragem:

A retirada da amostra para a análise foliar deve ser feita por talhões e deve conter cerca de 100 folhas por talhão. Essa amostragem pode ser realizada em qualquer época, respeitando a carência de, pelo menos, 20 dias após as adubações via solo ou foliar.

É recomendado realizar a análise antes de cada adubação – para verificar o estado nutricional da lavoura e a evolução com as adubações – ou antes do enchimento dos grãos, ou seja, quando a lavoura estiver com grãos chumbinhos (entre dezembro e janeiro), depois da segunda e antes da terceira adubação química, pois, assim, é possível corrigir a terceira adubação.

A amostragem deve ser feita retirando-se amostras de 25 plantas por talhão, cada um com no máximo 10 hectares. Os talhões devem ser homogêneos, ou seja, apresentar plantas com a mesma idade, da mesma cultivar e que tenham recebido tratos culturais semelhantes. O amostrador deve andar em zigue-zague pela lavoura, retirando o mesmo número de amostragens dos dois lados, coletando duas folhas de cada lado da planta.

A amostra deve conter folhas retiradas apenas do terço médio do cafeeiro e terceiro ou quarto par de folhas no ramo plagiotrópico da planta. Deve também estar livre de qualquer tipo de praga ou doença e de qualquer dano mecânico ou climático, e ser imediatamente enviada ao laboratório.