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Agricultura familiar preserva agrobiodiversidade da Região Norte

Com sabores marcantes, cores e formatos específicos, os produtos da Região Norte agradam consumidores em todo País. Sejam eles cultivados ou extraídos da floresta, boa parte dos alimentos como cupuaçu, guaraná, açaí, palmito, castanhas vêm da agricultura familiar que está em mais de 413 mil unidades produtivas da região.

O secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Valter Bianchini, salienta que além de contribuir para a segurança alimentar e o desenvolvimento do campo, a agricultura familiar assume o papel de preservadora do meio ambiente.

“Por trabalhar com uma cultura de geração da terra, essa forma de agricultura é responsável pela manutenção da agrobiodiversidade, seja na preservação de matas, seja na preservação de sementes crioulas, de mudas e raças. Há uma relação cultural, de parentesco e de conhecimento muito importante”, conclui.

É o caso da Associação dos Produtores Agroextrativistas da Colônia do Sardinha (ASPACS), no município de Lábrea, a 850 quilômetros de Manaus (AM), que contribui na preservação florestal. “O extrativismo é um trabalho ambientalmente correto, socialmente justo, economicamente viável. Ele luta, hoje, para preservar a floresta que é a fonte de renda de diversas famílias”, explica o agricultor familiar e presidente da entidade Astrogildo Oliveira, 56 anos.

Desde 2002, a associação apoia diretamente 400 famílias. “Começamos o nosso trabalho para dar melhores condições aos extrativistas da castanha do Brasil. Nosso projeto começa na floresta, preparando o extrativista para a coleta; depois recolhemos esse produto para o processo de beneficiamento, que é a lavagem, a classificação, a desidratação e a embalagem do produto”, afirma.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012, o município de Lábrea extraiu 980 toneladas de castanha do Brasil. Desse total, a ASPACS cooperou com 60 toneladas.

ONU

Para destacar o importante papel da agricultura familiar, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) declarou 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar. O objetivo é aumentar a visibilidade ao setor que contribui para a erradicação da fome e da pobreza, promove a segurança alimentar e nutricional, melhora os meios de subsistência e colabora na gestão dos recursos naturais.

 

Por: Gabriella Bontempo

Fonte:Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário

 

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