O Instituto Emater iniciou, há três anos, o plantio de oliveiras em caráter experimental nas cidades de São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba) e Salto do Lontra (Sudoeste). O engenheiro agrônomo Cirino Corrêa Junior, coordenador estadual do projeto Plantas Medicinais, Potenciais e Aromáticas, da Emater, diz que as duas unidades técnico-científicas foram criadas para que sejam avaliadas as variedades que se adaptam melhor ao Estado.
Pelo que pôde ser observado, até agora, inclusive em outras experiências no Brasil e no exterior, o engenheiro agrônomo afirma que há boas perspectivas para o cultivo de oliveiras em solo brasileiro, mas recomenda cautela aos produtores por se tratar de uma cultura pouco conhecida no País.
Ele sugere que os produtores só iniciem o cultivo de oliveiras depois de obterem todas as informações necessárias sobre o manejo da cultura e as variedades indicadas para cada tipo de clima e solo. Cirino alerta ainda que os produtores não comprem mudas de procedência duvidosa, principalmente aquelas que são vendidas sem nenhum controle.
O engenheiro agrônomo diz que a partir das experiências em São José dos Pinhais e Salto do Lontra foram criadas outros 13 locais de experimentação no Paraná, sendo um deles no município de Ribeirão Claro.
Corrêa diz que, embora o cultivo de oliveiras pareça algo novo, o Brasil já teve plantio desta cultura nas primeiras décadas do ano 1800. Segundo ele, a experiência deu tão certo que Dom Pedro mandou erradicar as plantas porque representavam uma ameaça para Portugal, tradicional produtor e azeites de oliva. (E.A.)
Fonte: Folha Web
