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Preço do milho reage e as vendas da safrinha são retomadas em MT

Armazéns que guardam a produção de milho estão ficando vazios.

Cerca de 80% da produção colhida na safrinha já está negociada.

A valorização no preço do milho mexeu com os negócios em Mato Grosso. A saca que custava, em média, R$ 11 em setembro teve uma alta significativa. O agricultor, mais otimista, vendeu grande parte do que estava estocado.

O armazém está ficando vazio em uma fazenda em Juscimeira, região sudeste de Mato Grosso. O pouco milho que resta já foi vendido, assim como as 55 mil sacas que ainda lotam um dos silos da propriedade. Tudo foi negociado na última semana.

A saca foi vendida por cerca de R$ 19, a melhor oferta que o agricultor Rogério Berwanger recebeu desde a colheita da safrinha, entre julho e agosto. Ele chegou a entregar parte da produção por menos de R$ 14 a saca.

Nos últimos dois meses, o preço do milho reagiu bem em Mato Grosso. O cenário atrativo impulsionou as vendas, que chegaram a 80% da produção, que foi de 17,7 milhões de toneladas.

A valorização surpreendeu muitos agricultores, que já não acreditavam em uma recuperação nos preços pagos pelo milho, justamente porque os Estados Unidos, maiores produtores do grão em todo o mundo, estão colhendo uma safra recorde este ano.

O que ajudou a recuperação dos preços no mercado brasileiro foi a perspectiva de uma oferta menor lá na frente. O principal motivo é o atraso do plantio da soja, que ocupa agora a mesma área que será destinada ao cereal na safrinha.

Na fazenda de Ereno Giacomelli, o milho vai perder espaço. “Eu tirei 400 hectares porque a chuva não veio na hora certa. Eu vou plantar 700 hectares  de milho safrinha para tentar fazer um plantio seguro”, diz.

Nas últimas semanas, o agricultor acompanhou otimista a reação do mercado do milho. Ele ainda tem parte do que colheu na safrinha para vender e vai esperar um pouco mais antes de fechar negócio. “Já me ofertaram R$ 19 com pagamento em 72 horas e R$ 20 para pagamento em 30 dias, mas eu ainda vou esperar mais um pouco para tentar um preço melhor e dar uma equilibrada”.

 

Por: Luiz Patroni

Fonte: Globo Rural

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