Representantes de países da América Latina e do Caribe reafirmaram nesta terça-feira (11), em Brasília (DF), a contribuição da agricultura familiar na preservação ambiental, na erradicação da pobreza e na promoção da segurança alimentar e nutricional. Esta é a primeira vez que a Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac) realiza um encontro para discutir estratégias de fortalecimento do setor.
“Esta reunião entre ministros tem como assunto principal o desenvolvimento da agricultura familiar e a construção de políticas públicas que combatam a fome e a pobreza na região. O Brasil tem trabalhado muito nesse sentido e, recentemente, fomos reconhecidos por esse esforço”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, que participou do segundo dia do evento, referindo-se a saída do País do mapa da fome, em setembro deste ano.
Segundo Rossetto, as iniciativas para a Celac são resultantes da troca de experiências entre os países participantes do grupo, que levaram à discussão o trabalho no meio rural. “Estamos construindo uma plataforma comum de ação, gerando um ambiente de cooperação entre os países que contemple a ampliação da produção, a criação de mecanismos de apoio aos agricultores, o desenvolvimento de políticas agrícolas, agrárias e de comercialização.”
Para o ministro de Agricultura da Costa Rica, que preside atualmente a Celac, Luís Arauz, a agricultura familiar pode ser mais eficiente, pode criar e distribuir riqueza, ser sustentável e também apresentar respostas. “Enfrentamos uma série de dificuldade no ato de produzir, como crises climáticas e energéticas. É necessário desenvolver o bem estar da agricultura familiar para a promoção da soberania alimentar em nossos países, mas que promovam a superação dessas vulnerabilidades”, afirmou.
Estratégias
Na reunião, foi aprovada a elaboração de um documento com orientações de procedimentos, uma espécie de mapa de ações, bem como a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para avançar na criação de estratégias que reduzam diferenças regionais, promovam o desenvolvimento sustentável e articulem o cooperativismo entre os países participantes.
O grupo adotou, ainda, a Declaração Ministerial da Celac sobre a Agricultura Familiar e conheceu o Plano para a Segurança Alimentar e Nutricional e Erradicação da Fome até 2025 da Comunidade.
Segundo o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Raúl Benítez, 80% dos produtores rurais da região que abrange a América Latina e o Caribe são da agricultura familiar e cerca de 70% dos alimentos consumidos vem do setor. “Estamos disponíveis para que possamos gerar nações livres da fome. Acredito que possamos ser a última geração a ter convivido com a fome e a pobreza nessa região”, observou.
O encontro conta com representantes do Haiti, Guiana, Granada, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Colômbia, Chile, Bolívia, Argentina, Cuba, Antígua e Barbuda, Brasil, Equador, Venezuela, Uruguai, Suriname, República Dominicana, Panamá, Paraguai, Nicarágua, Honduras e México. Fonte:
A Reunião Ministerial sobre Agricultura Familiar é promovida pela Celac, Governo Federal e FAO. O evento, que termina nesta quarta-feira (12), terá em seu encerramento atividades voltadas para o Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena.
Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário
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