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Pintos de corte: em maio, o menor índice de incremento do ano

Após um primeiro trimestre com incrementos bastante significativos e preocupantes (frente aos desafios de produção e consumo enfrentados pelo setor), a produção brasileira de pintos de corte entrou em processo de desaceleração. Assim, fechou o quinto mês do ano com o menor índice de aumento deste ano.
Comparativamente ao mesmo mês do ano passado, a produção de pintos de corte aumentou quase 4% em janeiro, mais de 8,5% em fevereiro e pouco mais de 7% em março.
Forçada pela explosão nos custos de produção reduziu esse índice para apenas 2,61% em abril e no mês de maio registrou variação de apenas 1,24%. Ou seja: nesse passo, tende a uma variação negativa já em junho ou, o mais tardar, em julho corrente.
Embora necessária, essa redução está sendo imposta à atividade pelo esgotamento das condições financeiras do setor produtivo. Não é por menos que se chegou, em maio, à menor produção real dos últimos seis meses. Pois, pela média diária (indicador mais eficiente que a produção nominal mensal) chegou-se, em maio, a volume correspondente, aproximadamente, à media diária dos cinco primeiros meses de 2015. Ainda que, nominalmente, o volume produzido neste ano seja 4,65% superior.
Tendo por base esse indicador, analistas, observadores em geral e parte do Don setor produtivo consideram que a produção continua elevada. Porque embora decrescentes no momento, os custos de produção permanecem extremamente elevados. Mas sobretudo porque deteriora-se cada dia mais a já limitada capacidade aquisitiva dos consumidores, gerando excedentes que nem mesmo os preços ainda favorecidos do frango conseguem evitar.
Sob tais condições, mesmo que o primeiro semestre do ano seja encerrado com variação positiva em relação ao mesmo período anterior, deve ocorrer desaceleração maior no corrente semestre que, por isso, tende a gerar volume menor que o do segundo semestre de 2015.
Notar (vide tabela abaixo) que naquele período, excetuada a produção de novembro (planejadamente reduzida visando a uma parada estratégica dos abates no período de Festas), o volume médio de pintos de corte ficou próximo dos 567 milhões de cabeças mensais – volume que, diante do panorama atual, pode causar transtornos ainda maiores para o setor.
Vem daí a conclusão de que, neste semestre, senão em todos os meses (novembro, por exemplo), o volume de pintos produzidos será inferior ao de idêntico período do ano passado. Aliás, não será surpresa retroceder-se aos níveis do segundo semestre de 2015, período em que a produção média de pintos de corte girou em torno dos 533 milhões de cabeças.

 

Editor RuralSoft

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