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Pesquisa testa nova armadilha de feromônio contra o percevejo marrom

Trabalho deve ajudar produtores no monitoramento da praga. 

Segundo pesquisadores, entre as causas da está a soja tardia.

Uma pesquisa realizada em parceria entre as instituições de pesquisa usa feromônio para o controle do percevejo marrom (Euschistus heros). A nova armadilha, em fase de testes há três anos em Mato Grosso, é feita a partir de uma garrafa plástica e pode ajudar os produtores rurais com informações para reforçar o monitoramento. A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Embrapa Cernagen, que está desenvolvendo o feromônio, e a Fundação MT são parceiras do projeto.

“Este estudo é importante porque retrata fielmente a realidade dos talhões e dos produtores. Mais uma ferramenta que ele tem em mãos. A Fundação MT está colaborando com os estudos para ter informações sobre a época de instalação, população para controle. Assim, o produtor terá mais uma ferramenta de monitoramento”, disse a entomologista e pesquisadora da instituição, Lucia Vivan.

A detecção do percevejo marrom habitualmente é feita por meio de amostragens com o pano de batida – em que se realiza a batida de pano em 1 metro linear de fileira de soja – mas, segundo Vivan, com o monitoramento por meio dessa nova armadilha é possível obter menores danos da praga e produções superiores de grãos.”Após instalarmos as armadilhas, monitoramos a população dos percevejos nelas. Quando detectamos uma média de 1,7 percevejo, o que valeria a dois por metro, começamos o trabalho de controle da praga. No entanto, o número exato de percevejos para isso ainda está em estudo. Essa detecção foi feita cerca de um mês antes em relação à detecção com o pano de batida. Isso é muito importante porque assim conseguimos diminuir as perdas naquela área se comparado aos locais  onde as aplicações foram realizadas de acordo com a população encontrada com o  monitoramento feito pelo pano”, complementou a pesquisadora.

Segundo Vivan, após a colonização da área pelo inseto, é preciso realizar o monitoramento com o pano de batida para detecção das ninfas, porque apenas os adultos são atraídos pelo feromônio.

Entre as principais causas das infestações com o percevejo marrom no Cerrado está a soja tardia, fonte de alimento pra o inseto. “A soja tardia estará no período vegetativo ou no florescimento quando as demais variedades estarão sendo colhidas ou em processo de amadurecimento”, disse Lucia Vivan.

A pesquisadora acrescenta ainda que, nesse caso os adultos irão migrar para essas áreas com soja tardia. “As que estiverem em colheita ou em processo de amarelecimento terão presença grande de ninfas, que causam problema da mesma forma que um adulto, mas não migram para as outras áreas e devem ser controladas. No entanto, os adultos irão migrar e iniciar um novo ciclo, ovopositando, e formando uma nova geração”.

 

Fonte: G1 – MT

rsuser

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