Em alguns locais, a produção caiu para menos da metade.
Economia foi afetada e demissões foram inevitáveis.
A falta de chuva nos últimos meses causou prejuízo para quem vive da piscicultura em Mato Grosso do Sul. Em alguns locais, a produção caiu para menos da metade e têm trabalhadores sendo demitidos.
A imagem chama a atenção pela quantidade de tanques-rede que precisaram ser retirados do Rio Barreiro, afluente do Rio Paranaíba. O reservatório, que também faz parte do sistema que abastece a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, já chegou a atingir 14 metros de profundidade, mas por conta da estiagem durante todo o inverno, o nível no reservatório, agora, não passa de dois metros.
O prejuízo atinge quem vive da pesca, como Wilson José Belotti. O piscicultor conta que há um ano chegou a ter mais de mil tanques, hoje só 60 vão para dentro do rio.
Antes da seca, a produção de tilápias chegava a 140 toneladas por mês, mas hoje não passa de 40 toneladas. A baixa produção, por conta da variação do nível do reservatório, também obrigou o piscicultor a demitir parte dos funcionários. Dos 41, apenas 10 continuam trabalhando.
Dartagnan Ramos Queiróz cria tilápias em Aparecida do Taboado e também reclama dos efeitos provocados pela estiagem. Ele explica que 30% dos 220 tanques foram desativados e os que restaram foram levados a locais mais distantes, onde o nível da água ainda suporta a atividade. Segundo o criador, esse manejo constante custa caro.
O piscicultor que trabalha há seis anos com a criação de peixes está preocupado com o futuro dos negócios na região. “Hoje estamos povoando em torno de 30% a menos e isso lá na frente vai impactar a produção, o quadro de funcionários e toda a estrutura”, diz.
Por:Fabiano Fresneda
Fonte: Globo Rural
